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TELEFÔNICAS
Companhias são criadas para concorrer com as de telefonia fixa
"Empresas espelho" irão a
leilão a preço de referência
FERNANDO GODINHO
da Sucursal de Brasília
O edital de licitação das "empresas espelho", que será lançado
pela Agência Nacional de Telecomunicações no próximo dia 3,
conterá um preço de referência
para cada uma das quatro autorizações que serão leiloadas.
As "espelhos" estão sendo criadas para competir com as empresas privadas de telefonia fixa. Elas
serão autorizadas a atuar nas áreas
de concessão das holdings Telesp
Participações, Tele Centro Sul, Tele Norte Leste e Embratel.
O preço de referência é diferente
do preço mínimo, que não será divulgado pela Anatel. O investidor
que oferecer valor inferior ao preço de referência perderá pontos na
disputa, explicou ontem o superintendente de Serviços Públicos
da agência, Luiz Tito Cerasoli.
Ele lembrou que a Anatel está
calculando um preço mínimo para
as autorizações, mas não irá divulgá-lo. Ele será usado pela agência
para desclassificar as propostas
que estejam abaixo desse valor.
De acordo com as regras do leilão das "espelhos", a abrangência do atendimento dessas empresas terá um peso de 70% para a definição da proposta vencedora. O
valor oferecido terá peso de 30%.
Audiência pública
O leilão está marcado para o
próximo dia 3 de novembro, e os
contratos deverão ser assinados
até o final deste ano. A Anatel espera que as "espelhos" estejam
funcionando no primeiro semestre de 1999.
A Anatel realizou ontem uma
audiência pública para apresentar
as diretrizes básicas da licitação
das "espelhos". Compareceram à
audiência cerca de 130 pessoas, representando empresas dos setores
de telecomunicação, financeiro,
elétrico e de construção.
O interesse do mercado na licitação das "espelhos" deixou satisfeito o presidente da Anatel, Renato Navarro Guerreiro.
"Esse interesse reflete o sucesso
da privatização da Telebrás. O
Brasil tem estabilidade política
comprovada e estabilidade econômica testada. Além disso, as regras
básicas para o setor de telecomunicação estão definidas, e existe
demanda para investimentos."
Entre as empresas que compareceram à audiência da Anatel estavam a Globopar (das Organizações Globo), as operadoras MCI
(EUA), Telecom Italia, France Telecom e Algar (Brasil), os bancos
Unibanco, Safra, Opportunity e
Citibank, as construtoras Andrade
Gutierrez e Inepar e as distribuidoras de energia elétrica Escelsa,
Eletropaulo e Eletronorte.
A Anatel explicou que os donos
das "espelhos" poderão se associar às fornecedoras do setor elétrico e às operadoras de TV paga
para utilizar a infra-estrutura dessas empresas e otimizar a oferta
dos serviços de telefonia.
A agência também informou
que a operação de pelo menos 500
mil terminais (fixos ou móveis)
-pré-requisito para a participação no leilão- poderá ser comprovada conjuntamente pelas empresas que componham consórcio
na disputa pelas "espelhos".
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