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Covas nega apoio a saída de tucano
do enviado especial ao Rio
O governador de São Paulo,
Mário Covas, negou ontem que
que tenha autorizado o prefeito
de São Bernardo do Campo,
Maurício Soares, a trocar o PSDB
pelo PPS. Reportagem da Folha
de anteontem reproduziu diálogo
entre Covas e Soares: "Não tenho
a mesma liberdade. Se tivesse,
também sairia", teria afirmado o
governador ao prefeito.
Ontem, o governador declarou
que não disse a frase "de jeito nenhum". Segundo Covas, o prefeito o procurou para dizer que não
sairia do PSDB se ele pedisse. "Eu
disse a ele: essa é uma decisão que
é sua, não me coloque esse problema", afirmou Covas.
"Não é o primeiro que me diz isso. Não é o primeiro que recebe a
resposta. Isso é uma coisa muito
pessoal", completou.
"Quando acabei de ouvir (um
repórter) falar que tem uma pesquisa em que (FHC) está (com
popularidade) pior do que o (governo) Sarney, seguramente não
seria nesse instante que eu iria
querer sair do partido. Essa razão
já seria suficiente", disse o governador.
Fidelidade
Covas, que ontem participou no
Rio da convenção da Associação
Brasileira de Supermercados,
lembrou que só precisou mudar
de partido uma vez, quando saiu
do PMDB para fundar o PSDB em
1988.
"Não preciso mais demonstrar
lealdade partidária. Eu tenho história", declarou.
"Quando eu tenho discordância, eu falo dentro de meu partido.
Acho que isso é meu dever. Se eu
não trago para o presidente da
República aquilo que eu ouço, eu
não sou companheiro", afirmou
o governador.
"Não me queixo de falta de espaço, até falo mais do que devia",
completou. Segundo ele, a popularidade de FHC vai voltar.
Na avaliação de Covas, FHC não
"comprou briga" com o Congresso ao criticar ontem a demora na
aprovação das reformas ainda em
tramitação (leia reportagem na
pág. 1-6).
"O Congresso pode falar todo o
dia que o presidente precisa fazer
isso ou aquilo. O presidente não
pode?", questionou o tucano.
Sobre a reação do presidente do
Congresso, senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) à fala do
presidente, Covas minimizou a
questão.
"Em tudo que se faz o problema
é se atinge o senador ou não. Parece a palavra desenvolvimento
isso, virou palavrão de repente",
disse.
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