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CASO TRT
Sócio da empresa é um dos acusados do desvio de R$ 169 mi; perícia calculou no mínimo R$ 31,5 mi para conclusão
Incal diz que termina obra com R$ 25 mi
JULIA DUAILIBI
DA REPORTAGEM LOCAL
O empresário Fábio Monteiro
de Barros Filho, sócio da construtora Incal, afirmou que terminaria a obra do Fórum Trabalhista
de São Paulo se recebesse mais R$
24,9 milhões.
O empresário disse que, se terminasse a obra, o valor final seria
menor do que o que deve ser pago
pela União, segundo perícia do
Ibape (Instituto Brasileiro de
Avaliações e Perícias de Engenharia), algo entre R$ 31,5 milhões e
R$ 38,5 milhões.
Segundo Monteiro de Barros, a
Incal não é candidata a terminar a
obra. Todo o patrimônio da empresa está bloqueado pela Justiça,
já que empresário é acusado de
ter participado do desvio de R$
169 milhões da construção da
obra do fórum.
Um dos supostos motivos para
que o preço seja menor, conforme
o empresário, é a quantidade de
material que já teria sido comprada por sua construtora.
Por exemplo, elevadores e componentes do sistema de ar-condicionado estão estocados, alguns
ainda no porto de Santos, declarou Monteiro de Barros.
Os fornecedores da construtora
Incal afirmam que a empresa
atrasou o pagamento dos produtos e, portanto, foram suspensas
partes das entregas.
Monteiro de Barros alega que as
verbas eram repassadas atrasadas, afetando na compra de materiais, feita por prestações.
O empresário também contesta
o valor atual de uma eventual venda do prédio, que foi calculado
pelo Ibape em R$ 57,6 milhões.
Monteiro de Barros é favorável
aos números do instituto que
atestam que se o imóvel fosse terminado e adaptado para escritórios, o valor de venda poderia alcançar R$ 127 milhões.
Economia
O presidente nacional do Ibape,
Hadegaz Nasser Júnior, afirmou
ontem que a comissão que analisa
o destino da obra do TRT não levou em consideração uma das
propostas do instituto.
Segundo Nasser, o imóvel poderia ser terminado por grupos de
investimento, como os fundos de
pensão, que bancariam o restante
da obra do fórum.
O escolhido receberia o dinheiro do aluguel do imóvel ao TRT,
pagando os gastos anteriores com
construção. Nasser afirma que
dessa forma o Poder Executivo
deixaria de ser o responsável pela
obra. Atualmente, o TRT gasta R$
3 milhões com o aluguel de salas
para 79 varas trabalhistas.
A comissão é contra a idéia. "A
União começou e deve que terminar. Se não parece que o país não
tem condições de terminar uma
obra", disse o ex-ministro da Justiça Oscar Dias Correia.
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