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RIO GRANDE DO SUL
Disputa está acirrada
Britto e Tarso duelam na TV e na Justiça
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
À medida que se inicia a reta final da campanha pelo governo
gaúcho, a polarização entre Antônio Britto (PPS) e Tarso Genro
(PT) vai ganhando ainda mais em
agressividade, com trocas de acusações e ações judiciais requerendo que algum tema não seja abordado no programa eleitoral.
Em seu programa de ontem,
Tarso apresentou cópia de um
cheque pessoal mostrando que
viagem sua para a Europa não foi
paga em dinheiro para a empresa
Pangea, do presidente do Clube
de Seguros da Cidadania, Diógenes de Oliveira, pivô da CPI que
investigou ligações do PT com o
jogo do bicho.
A coordenação da campanha
petista entrou com ação na Justiça
pedindo para não ser apresentado, no programa de Britto, o depoimento da agente de viagens
Maria Angela Fachini, que acusa
Tarso em uma subcomissão parlamentar de inquérito aberta para
manter a investigação do caso.
Tarso acusa a realização da sessão no Legislativo e as imagens
mostradas na TV como uma
"montagem" eleitoral realizada
com dinheiro público -da Assembléia Legislativa- apenas para atingir a campanha do PT.
O programa estava autorizado
para ir ao ar normalmente, apenas substituindo essa cena por
outra. Mesmo com a decisão judicial, o trecho foi apresentado, pois
a notificação não chegou em tempo hábil às emissoras.
Outras decisões judiciais do gênero já haviam sido tomadas: o
Tribunal Regional Eleitoral concedeu ao PPS no início da semana
direito de resposta em razão de
trecho do programa petista segundo o qual as privatizações de
Britto teriam gerado desemprego.
Outra acusação de Britto a Tarso foi de que o petista, atuando
como advogado, defendeu pensionistas contra o IPE (Instituto
de Previdência do Estado). ""Ele
vai defender o Rio Grande? Ou o
escritório?", pergunta o PPS.
Tarso aborda questões referentes especialmente a três casos investigados pelo Ministério Público (federal e estadual) e que teriam vínculos com o governo na
gestão de Antônio Britto (1995-1998): irregularidades nas empresas do ex-secretário de Minas,
Energia e Comunicações Assis
Roberto de Souza (responsável
por privatizações de energética e
de telefonia), suposto esquema de
propinas entre 1996 e 1998 no Departamento de Desporto da Secretaria da Educação e a atuação
do próprio Britto como consultor
do Banco Opportunity, que administra a CRT Brasil Telecom.
As pesquisas eleitorais têm demonstrado equilíbrio de forças
entre os dois candidatos. A último, realizada pelo instituto do
jornal "Correio do Povo", mostra
Tarso um ponto e meio à frente de
Britto. As outras, anteriores, mostram Britto na frente, também
sem apresentar uma vantagem
expressiva sobre o adversário.
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