São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Para Tasso, pode haver um "crime maior"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Presidente do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE), disse ontem que a investigação sobre o caso das cartilhas poderá revelar "um crime ainda maior" e que, na hipótese de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser reeleito, haveria margem até para a abertura de um processo de impeachment.
"A suspeita número um é de superfaturamento diretamente pela Secom, que é ligada à Presidência da República, sem intermediários, sem Marcos Valério nem Casa Civil. O recebimento pelo PT pode ser mera desculpa para encobrir um crime ainda maior", disse, citando o empresário apontado como operador do mensalão.
"Pode ser que [o crime] fosse tão grave que fizeram para encobrir o crime maior. O [Ricardo] Berzoini garante que recebeu [as cartilhas], ou seja, admite o crime menor", disse.
Tasso disse ainda acreditar que a apuração do caso "dificilmente vai gerar um fato político concreto" capaz de influir na campanha presidencial, pela proximidade da eleição. Mas, em caso de vitória de Lula, disse que "se as suspeitas se comprovarem, pode ser a base" de um processo de impeachment.


Texto Anterior: TCU cobra governo federal sobre mistério das cartilhas
Próximo Texto: Outro lado: Gushiken e Duda associam auditoria à eleição
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.