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Eleições 2008 / Dossiê Câmara
Sem fiscalização, vereadores de SP são caros e ineficientes
Corregedor diz que órgão nem deveria existir; uma a cada cinco leis é inconstitucional
Passados dez anos da "máfia dos fiscais", escândalo
que levou à cassação de três vereadores (um deles chegou a ser preso) e escancarou um dos maiores esquemas de corrupção já revelados em São Paulo, a Câmara Municipal deixou o topo das páginas policiais, mas
ainda não tem mecanismo efetivo de controle interno.
Alguns personagens não mudaram, como Wadih Mutran (PP), expoente da tropa de choque da gestão Celso Pitta (1997-2000), que agora comanda a Corregedoria da Casa e diz que o órgão nem deveria existir.
Um a cada cinco projetos aprovados em plenário
acaba vetado por ferir a Constituição. Enfraquecidos
politicamente, vereadores apelam para a criação de
bancadas paralelas, sem lógica partidária, com a única
finalidade de aumentar o poder de barganha junto ao
Executivo, qualquer que seja ele. A cada quatro anos,
líderes de siglas que vão do DEM ao PT comandam
campanhas milionárias, focadas em regiões específicas, que transformaram bairros inteiros em "feudos".
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