São Paulo, domingo, 14 de setembro de 2008

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Eleições 2008 / Dossiê Câmara

Sem fiscalização, vereadores de SP são caros e ineficientes

Corregedor diz que órgão nem deveria existir; uma a cada cinco leis é inconstitucional

Passados dez anos da "máfia dos fiscais", escândalo que levou à cassação de três vereadores (um deles chegou a ser preso) e escancarou um dos maiores esquemas de corrupção já revelados em São Paulo, a Câmara Municipal deixou o topo das páginas policiais, mas ainda não tem mecanismo efetivo de controle interno. Alguns personagens não mudaram, como Wadih Mutran (PP), expoente da tropa de choque da gestão Celso Pitta (1997-2000), que agora comanda a Corregedoria da Casa e diz que o órgão nem deveria existir.
Um a cada cinco projetos aprovados em plenário acaba vetado por ferir a Constituição. Enfraquecidos politicamente, vereadores apelam para a criação de bancadas paralelas, sem lógica partidária, com a única finalidade de aumentar o poder de barganha junto ao Executivo, qualquer que seja ele. A cada quatro anos, líderes de siglas que vão do DEM ao PT comandam campanhas milionárias, focadas em regiões específicas, que transformaram bairros inteiros em "feudos".


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