São Paulo, segunda-feira, 14 de setembro de 2009

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Outro lado

Guardião era única tecnologia disponível, diz Corrêa

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS DA AGÊNCIA FOLHA

O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, disse por meio de nota de sua assessoria que o sistema Guardião era a única tecnologia nacional disponível na época dos contratos (entre 2002 e 2007).
A assessoria afirmou também que a partir de 2007 foram adquiridos só o sistema Sombra, equipamento de escuta desenvolvido para que a PF não "fique refém de empresas".
Segundo a nota, não cabe à Senasp definir qual tecnologia será adquirida pelos Estados. "Coube à Senasp a análise e o encaminhamento para apreciação do conselho gestor, que é a instância de decisão acerca da aprovação ou não do projeto."
A Dígitro disse, via assessoria, que as vendas feitas para órgãos públicos "seguem rigorosamente os preceitos legais da transparência". Afirmou também que "não interfere nos relacionamentos sociais dos funcionários" e que Geraldo Faraco, presidente, tem relações sociais com representantes das comunidades de inteligência e tecnologia da informação, entre eles Luiz Fernando Corrêa.
A nota nega que Corrêa tenha passado férias em apartamento de Faraco, mas confirma que ele foi recebido em evento social. Corrêa disse que conhece Faraco há mais de 15 anos e que o visitou quando estava "em férias", mas negou que tenha passado férias no apartamento dele.
A coordenadora de Projetos do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) no Brasil, Maristela Baioni, disse que a compra dos sistemas foi feita dentro de acordo de cooperação com a Senasp. Baioni disse que a demanda pela compra dos equipamentos e os Estados beneficiados foram definidos pela Senasp.
Segundo ela, a dispensa de licitação ocorreu porque, na época, era a tecnologia disponível e o Guardião já equipava dez Estados. A ideia era interligar as informações e investigações.
A Motorola disse que foi escolhida, com outras empresas, para fornecer soluções de inteligência e comunicação para o Pan 2007 e que a lei prevê dispensa de licitação quando houver comprometimento da segurança nacional. (JM e SF)


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