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Outro lado
Guardião era única tecnologia disponível, diz Corrêa
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS
DA AGÊNCIA FOLHA
O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa,
disse por meio de nota de sua
assessoria que o sistema Guardião era a única tecnologia nacional disponível na época dos
contratos (entre 2002 e 2007).
A assessoria afirmou também que a partir de 2007 foram
adquiridos só o sistema Sombra, equipamento de escuta desenvolvido para que a PF não
"fique refém de empresas".
Segundo a nota, não cabe à
Senasp definir qual tecnologia
será adquirida pelos Estados.
"Coube à Senasp a análise e o
encaminhamento para apreciação do conselho gestor, que é
a instância de decisão acerca da
aprovação ou não do projeto."
A Dígitro disse, via assessoria, que as vendas feitas para órgãos públicos "seguem rigorosamente os preceitos legais da
transparência". Afirmou também que "não interfere nos relacionamentos sociais dos funcionários" e que Geraldo Faraco, presidente, tem relações sociais com representantes das
comunidades de inteligência e
tecnologia da informação, entre eles Luiz Fernando Corrêa.
A nota nega que Corrêa tenha passado férias em apartamento de Faraco, mas confirma que ele foi recebido em
evento social. Corrêa disse que
conhece Faraco há mais de 15
anos e que o visitou quando estava "em férias", mas negou
que tenha passado férias no
apartamento dele.
A coordenadora de Projetos
do Pnud (Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento) no Brasil, Maristela Baioni,
disse que a compra dos sistemas foi feita dentro de acordo
de cooperação com a Senasp.
Baioni disse que a demanda pela compra dos equipamentos e
os Estados beneficiados foram
definidos pela Senasp.
Segundo ela, a dispensa de licitação ocorreu porque, na época, era a tecnologia disponível e
o Guardião já equipava dez Estados. A ideia era interligar as
informações e investigações.
A Motorola disse que foi escolhida, com outras empresas,
para fornecer soluções de inteligência e comunicação para o
Pan 2007 e que a lei prevê dispensa de licitação quando houver comprometimento da segurança nacional.
(JM e SF)
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