DA REPORTAGEM LOCAL

O desembargador afastado Paulo Theotonio Costa entende que é vítima de "arapongas" da Receita Federal e de um grupo de procuradores da República, "declaradamente meus inimigos, por terem interesses pessoais contrariados por decisões que proferi".
Essa foi a avaliação do magistrado, em dezembro de 1999, conforme declaração enviada à Folha e publicada na íntegra pelo jornal.
"Tenho o maior interesse na investigação ampla e cabal das insinuações levantadas contra mim na verdadeira campanha difamatória feita pelo jornal Folha de S.Paulo", afirmou, na ocasião.
Quando teve seu sigilo quebrado, em junho de 2001, Theotonio Costa disse, por intermédio da assessoria do Tribunal Regional Federal, que estava "sereno e tranquilo em relação à questão pendente no STJ".
Procurado pela reportagem na última quinta-feira, Theotonio Costa não respondeu, até o encerramento desta edição, à solicitação gravada em seu celular.
O advogado do magistrado, Carlos Felipe Amodeo, também não devolveu o telefonema dado ao seu escritório na tarde da última quinta-feira.
Acidôneo Ferreira da Silva não foi encontrado em seu apartamento, em São Paulo, nem telefonou para a reportagem como foi solicitado. Familiares do comerciante disseram, na noite de quinta-feira, que ele está no interior do Estado. A Folha não localizou André Costa Reis, que também teve o seu sigilo quebrado pelo STJ. (FV)


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