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Bancada feminina cresce 25,5%
DA REPORTAGEM LOCAL
As bancadas femininas nas Assembléias Legislativas e na Câmara Distrital tiveram um crescimento de 25,5% em relação às
eleitas em 1998. No dia 3, se elegeram 133 deputadas estaduais e
distritais. Na eleição passada, foram 106 mulheres eleitas.
A guinada na participação feminina vem na segunda eleição depois da obrigatoriedade da lei de
cotas para os legislativos estaduais e distrital. A lei determina
que os partidos reservem 30% das
candidaturas às mulheres.
Em 94, antes da lei, os Estados e
o Distrito Federal elegeram 82 deputadas. "Nenhum partido conseguiu lançar tanta mulher na política este ano, mas [a lei" foi essencial para obrigá-los [os partidos" a oferecer mais candidatas à
escolha do eleitor neste pleito",
disse a socióloga Almira Rodrigues, diretora do Cfemea (Centro
Feminista de Estudos e Assessoria), órgão não-governamental de
defesa de direitos das mulheres.
A lei existe em mais de 50 países,
como Argentina e Suécia. No Brasil, a lei de cotas vigora desde 1996
e é de autoria da então deputada
federal Marta Suplicy (PT-SP).
Nestas eleições, todos os Estados do país conseguiram eleger
pelo menos uma deputada estadual. Em 98, o Amazonas não tinha eleito sequer uma mulher.
Almira chama a atenção para
um fato curioso. Um certo "efeito
Rita Camata (PMDB-ES)", candidata a vice-presidente de José Serra, parece ter inspirado a Assembléia capixaba. Foi a que, proporcionalmente, mais cresceu: de 1
passou a 5.
(LIEGE ALBUQUERQUE)
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