São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 2002

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Bancada feminina cresce 25,5%

DA REPORTAGEM LOCAL

As bancadas femininas nas Assembléias Legislativas e na Câmara Distrital tiveram um crescimento de 25,5% em relação às eleitas em 1998. No dia 3, se elegeram 133 deputadas estaduais e distritais. Na eleição passada, foram 106 mulheres eleitas.
A guinada na participação feminina vem na segunda eleição depois da obrigatoriedade da lei de cotas para os legislativos estaduais e distrital. A lei determina que os partidos reservem 30% das candidaturas às mulheres.
Em 94, antes da lei, os Estados e o Distrito Federal elegeram 82 deputadas. "Nenhum partido conseguiu lançar tanta mulher na política este ano, mas [a lei" foi essencial para obrigá-los [os partidos" a oferecer mais candidatas à escolha do eleitor neste pleito", disse a socióloga Almira Rodrigues, diretora do Cfemea (Centro Feminista de Estudos e Assessoria), órgão não-governamental de defesa de direitos das mulheres.
A lei existe em mais de 50 países, como Argentina e Suécia. No Brasil, a lei de cotas vigora desde 1996 e é de autoria da então deputada federal Marta Suplicy (PT-SP).
Nestas eleições, todos os Estados do país conseguiram eleger pelo menos uma deputada estadual. Em 98, o Amazonas não tinha eleito sequer uma mulher.
Almira chama a atenção para um fato curioso. Um certo "efeito Rita Camata (PMDB-ES)", candidata a vice-presidente de José Serra, parece ter inspirado a Assembléia capixaba. Foi a que, proporcionalmente, mais cresceu: de 1 passou a 5. (LIEGE ALBUQUERQUE)


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