São Paulo, terça-feira, 14 de outubro de 2008

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Para o PT, peça de TV sobre Kassab cumpriu objetivo

JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL

A despeito das críticas sobre as propagandas de TV da campanha de Marta Suplicy, a equipe da petista avalia que as peças publicitárias cumpriram seu objetivo: "carimbar" Gilberto Kassab (DEM) como um candidato "duas caras" e de "passado obscuro".
Conforme a Folha apurou, o objetivo dessas peças é repetir o sucesso da estratégia vitoriosa do marqueteiro de Marta, João Santana, em 2006, quando ele "colou" em Geraldo Alckmin (PSDB), então adversário de Lula, a imagem de "privatista" (favorável à privatizações de estatais).
No final da tarde, a candidata divulgou uma nota afirmando repudiar "veementemente as insinuações que alguns veículos têm feito a respeito do comercial" e ressaltando a "história de Marta, protagonista das principais lutas em defesa dos direitos da mulher e das liberdades individuais".
Reservadamente, no entanto, a discussão ontem no núcleo da campanha era sobre a continuidade ou não da propaganda, que questiona, entre outras coisas, o estado civil do atual prefeito de São Paulo.
Parte do grupo ligado diretamente à ex-prefeita defendia que as peças fossem retiradas do ar, pelo menos até a divulgassem das próximas pesquisas de intenção de voto, quando, então, eventuais resultados poderiam ser mensurados.
No PT paulistano, a única ala radicalmente contrária à propaganda era a ligada ao deputado federal José Eduardo Cardozo, que nunca manteve relações estreitas com os chamados "martistas".

No limite
Para os martistas, o texto dos comerciais chegou até o limite da invasão de privacidade, mas não transigiu a linha que separa o embate político do pessoal.
Na análise desse grupo, Marta buscou apenas o voto do eleitor de Geraldo Alckmin (PSDB). Derrotado no primeiro turno, ele falou sobre valores familiares em certos momentos da campanha, sobretudo na fase final.


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