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Cristovam rejeita fim de ensino superior gratuito
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As propostas de reforma
do gasto social sugeridas pelo Ministério da Fazenda estão longe de representar um
consenso no governo Luiz
Inácio Lula da Silva. Embora
a reforma do ensino superior já seja tema de um grupo técnico de debate e o
atual modelo seja considerado "falido", o ministro Cristovam Buarque (Educação)
nem quer ouvir falar em fim
do ensino superior gratuito.
O ministro ganhou o apoio
do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social,
que discutiu em julho as
propostas do Banco Mundial reunidas no documento
"Políticas para um Brasil
Justo, Sustentável e Competitivo". O comentário do
conselho foi de que "gastos
públicos com as universidades são importantes no sentido de que estas avançam a
inovação e o desenvolvimento tecnológico. Não podem ser avaliados somente
do ponto de vista do seu efeito sobre a igualdade".
No pacote de sugestões ao
governo Lula, o Bird também apontava para as deduções de gastos com saúde e
educação no Imposto de
Renda da classe média.
As medidas foram estudadas pela Receita Federal no
primeiro semestre. Chegaram a ser apontadas como a
única margem de corte na
conta de benefícios tributários concedidos no país, que
farão o Fisco abrir mão de
mais de R$ 24 bilhões em tributos no ano que vem.
Interlocutores da cúpula
do governo, porém, avaliavam que não haveria condições de debater o corte de incentivos à classe média em
2004, ano de eleição.
(MS)
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