São Paulo, segunda-feira, 14 de novembro de 2005

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PAINEL

Puxando a fila 1
O relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), não tem mais dúvidas sobre o indiciamento de Luiz Gushiken. O pedido será feito ao Ministério Público. Marcos Flora, assessor do ex-ministro na Secom, também vai junto no bolo.

Puxando a fila 2

O indiciamento de Gushiken é tido pela oposição na CPI como primeiro passo para que o relatório final avance com força sobre o Planalto, apontando-o como financiador do valerioduto.

Abaixo-assinado
O ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e o presidente da CPI dos Correios, Delcídio Amaral (PT), assinaram ofício ao Departamento de Justiça dos EUA pedindo para compartilhar dados sigilosos das contas externas de Duda Mendonça.

Alvo cirúrgico
O principal objetivo do governo ao tentar encerrar a CPI dos Correios era impedir as investigações sobre os fundos de pensão. Trata-se de octanagem comparável ao dos recursos de Duda Mendonça no exterior.

Extensão mineira 1
O subrelator Gustavo Fruet (PSDB-PR) sofrerá pressão da cúpula da CPI dos Correios para incluir em seu relatório parcial os repasses de recursos de Marcos Valério para a campanha de Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

Extensão mineira 2
Sem essa concessão à cúpula do PT, o relatório de Fruet pode ser rejeitado, o que enfraqueceria a comissão justamente no momento em que se começa a fechar o cerco sobre a origem dos recursos do valerioduto.

Cartão vermelho
Para a cúpula da CPI, o fato de Carlos Willian (PMDB-MG) ter retirado a assinatura para prorrogação das investigações pode ser a desculpa para se livrar do deputado. Sua movimentação é tida como "preocupante".

Primeiros passos
Um dos advogados designados pela OAB para analisar a viabilidade de um pedido de impeachment de Lula, Osvaldo Haddad vai ouvir nesta semana Gustavo Fruet (PSDB-PR) e Osmar Serraglio (PMDB-PR), da CPI dos Correios, e Garibaldi Alves (PMDB-PB), dos Bingos.

Dúvidas a tirar
O comando da CPI dos Bingos vai pedir a quebra dos sigilos da viúva de Ralf Barquete, Sueli, e de Ruy Barquete, irmão do petista morto e envolvido no caso Cuba. Quer verificar se há alguma operação financeira do PT capaz de influir na investigação.

Hora da verdade
O Superior Tribunal de Justiça vai julgar processo, dia 16, em que o ex-prefeito Paulo Maluf, acusado pelo Ministério Público de São Paulo de ter caluniado Geraldo Alckmin (PSDB), pretende provar que o governador paulista cometeu crime eleitoral durante a campanha de 2002.

Plano de vôo
A Polícia Federal encomendou um avião à Embraer para usar em suas operações especiais. Não quer mais depender das velhas aeronaves da FAB.

Novos controles
Paulo Lacerda, da PF, lança hoje em Recife o sistema de controle digital de passaportes. Até o final de 2006, postos de fronteiras, portos e aeroportos terão o aparelho criado pelo Serpro.

Além da conta 1
Há sete meses, o governo da Paraíba orienta os servidores a tomarem empréstimos bancários no valor dos salários, sendo o fiador. Dribla a Lei de Responsabilidade Fiscal, ao extrapolar os limites de endividamento.

Além da conta 2
O Banco do Brasil avalizou as operações nos primeiros meses. Pressionado, limitou os empréstimos a 30% dos salários. Agora, o restante está sendo tomado junto a instituição privada.

TIROTEIO

Da senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) sobre a hipótese de reeleição de Lula em 2006:
-O povo tem o direito de reeleger Lula. Mas se o Congresso não fosse tão desmoralizado, já teria sido iniciado um processo por crime de responsabilidade.

CONTRAPONTO

Bate na madeira

O jantar oferecido à ministra Dilma Roussef (Casa Civil) pelo líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PMDB-PB), coincidiu com o aniversário de 87 anos do senador Alberto Silva (PI), também presente ao encontro.
Ao saber da data, a própria ministra sugeriu que os convidados cantassem parabéns para o aniversariante. Como não havia bolo com velinhas para apagar, improvisou-se com uma vela retirada de um castiçal.
Depois dos cumprimentos, o anfitrião fez um discurso em homenagem ao senador.
-Daqui a algum tempo, muitos de nós não estaremos mais aqui. Mas Alberto Silva estará, brincou, numa referência à vitalidade do senador.
O senador José Sarney (AP), conhecido por não gostar de falar de morte e por ser hipocondríaco, reagiu à brincadeira:
-Ney, não interfira na ação do Criador!


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