São Paulo, quarta-feira, 14 de novembro de 2007

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Toda Mídia

Nelson de Sá

Tupi e o nacionalismo

Na manchete de "O Globo", "Governo vai propor nova lei geral do petróleo". A agência de petróleo vai propor que a exploração não se limite a "concessão", mas inclua "partilha", para áreas de menor risco como Tupi. Desde Roma, o presidente da Petrobras deu a idéia como "positiva". E a Reuters despachou o texto "Brasil é candidato pouco provável ao nacionalismo de recursos" e não segue "o caminho de Venezuela".
De Roma, a Bloomberg ouviu da Petrobras que Tupi "pode iniciar produção em 2010". A agência Xinhua e o site do "Wall Street Journal", de Roma, destacaram que as reservas na área podem ser "muito maiores".
No "WSJ" de papel, a previsão dos EUA de que o preço vai subir -e a expectativa de que Brasil, Rússia e outros fora da Opep "vão aumentar sua produção".

SEM VENEZUELA
Fidel Castro voltou a apoiar Hugo Chávez contra o rei da Espanha, agora no "Granma", falando em Bolívar contra "o colonialismo e imperialismo".
Já por Dow Jones, Reuters e daí aos sites brasileiros, a notícia foi que a Petrobras "se retirou do projeto de gás na Venezuela" em conjunto com a PdVSA. "Estamos fora do campo de Mariscal Sucre", avisou José Sérgio Gabrielli.

COM ARGENTINA
O argentino "La Nación" deu que a presidente eleita, Cristina Kirchner, vem ao Brasil na segunda, "um gesto deliberado para reforçar os vínculos com o país vizinho".
Para o "La Gaceta", a visita "servirá para que analisem questões ligadas ao tema energético". E o site Mercado sublinha, do encontro, que o campo de Tupi "pode mudar vários eixos geopolíticos".

ETANOL, O CONFRONTO
O "New York Times" reportou sobre a resistência das comunidades do Meio-Oeste ao etanol de milho. O Market Watch, sobre críticas crescentes à viabilidade econômica. Até no "Gulf News" e outros do Oriente Médio crescem os questionamentos, inclusive ao etanol de cana, do Brasil.
Mas os produtores reagem. O "WSJ" deu que grupos de EUA, Europa e Brasil cobram do secretário-geral da ONU a "desautorização" do relatório da entidade que, citando Fidel, chamou o etanol de "crime contra a humanidade".

ENTRE SORRISOS
Em despachos postados por Google, Yahoo, despachos até da China, "Chefe da ONU louva [praises] o Brasil por proteção ambiental". Na Amazônia, gastou adjetivos tipo "fantástica". O etanol virou "grande promessa". No meio, cobrou do Brasil maior contribuição aos fundos da ONU.
E o sorridente Ban Ki-moon também ouviu de Marina Silva e Marcos Apurina, destacou a Reuters, a cobrança de medidas "concretas" e "incentivos" aos povos da floresta.

npr.org
SOJA E O FOGO
A rádio pública dos EUA dá série sobre as queimadas, sob a ótica de fazendeiros americanos na Amazônia, onde "a soja é estimulada pela demanda da China". E o Japão comprou terras no Maranhão. Para soja.


AVIÕES EMERGENTES
Nos portais de negócios, do nigeriano "Business Day" ao "WSJ", notícias sobre a venda de modelos da Embraer, às dezenas, para companhias aéreas da Índia, da Nigéria.

E FILMES
No indiano Sify e antes no "Variety", longa reportagem sobre a aquisição de 25% da Lumière, "a maior empresa de distribuição de filmes do Brasil", por uma empresa da Índia, Infinity. Para distribuir os filmes de parte a parte.

DOMÍNIO
Do "Technology Review" do MIT a sites de propriedade intelectual, notícias do fórum da ONU sobre "governança" da internet se concentraram nas críticas ao domínio dos EUA, por Gilberto Gil -e na resistência dos americanos.

TELES E O MINISTRO
Em manchete no Terra, que é da Telefônica, "Ministro promete banda larga em todo o território nacional até 2010". Foi Hélio Costa, ontem no fórum de "governança".


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