São Paulo, sábado, 14 de novembro de 1998

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Oposição pode propor CPI

da Sucursal de Brasília

A possibilidade de surgirem novos papéis relacionando Fernando Henrique Cardoso a uma suposta conta em paraíso fiscal provocou insegurança e tensão nos líderes governistas no Congresso.
A oposição montou um grupo paralelo de investigação para se preparar para uma eventual CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e espera o momento ideal para propor a criação da comissão.
Os oposicionistas temem que não haja tempo suficiente para concluir uma investigação -já que o atual mandato dos parlamentares se encerra no final de janeiro- e que não apareça uma prova concreta. Na Câmara, o líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), procurou o líder do PT, Marcelo Déda (SE), para saber a disposição da oposição. "Não podemos descartar a CPI, mas devemos usar esse instrumento poderoso com cautela", afirmou Déda.
Os aliados criticaram o procedimento do governo no episódio. Para eles, o governo cometeu muitos erros. O único acerto, segundo eles, foi ter enviado os papéis ao Ministério Público e à Polícia Federal, mesmo assim com uma semana de atraso. Uma das preocupações é que a divulgação dos papéis desestabilize o governo.
Para os aliados, o governo deveria ter distribuído o dossiê para todos os meios de comunicação em vez de privilegiar um grupo restrito de jornalistas. Isso teria despertado, segundo os aliados, a concorrência no meio jornalístico e alimentado o noticiário.



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