São Paulo, terça-feira, 14 de dezembro de 2004

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PREVIDÊNCIA

Grupo é acusado de ter concedido aposentadorias irregulares

PF prende 6 acusados de fraudar INSS

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, intitulada "Saia Justa", prendeu ontem no Rio seis pessoas acusadas de fraudar o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Quatro mulheres, incluindo a ex-chefe do posto de Irajá (zona norte), foram presas. O prejuízo à Previdência Social com as fraudes foi estimado em R$ 600 mil, segundo a investigação.
Os agentes apreenderam no posto do INSS e nas casas dos acusados documentos que teriam sido utilizados nas fraudes. Segundo o delegado da Deleprev (Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários da PF), Acen Amaral Vatef, os presos são acusados de incluir no INSS vínculos empregatícios inexistentes, alterar tempo de serviço e conceder aposentadorias a pessoas com idade inferior à do limite.
"O número de fraudes no Rio é o mais expressivo do país. Temos apenas na capital 8.000 inquéritos e outras 8.000 denúncias que devem virar inquérito", disse Vatef.
A investigação começou depois da denúncia anônima de uma mulher que teve o benefício fraudulento feito em seu nome. O Ministério Público Federal realizou uma auditoria por amostragem em 30 aposentadorias concedidas pelos servidores denunciados. Todas eram fraudulentas.
A PF prendeu a ex-chefe do posto do INSS de Irajá Nilza Reis e Silva, 50, os servidores Edson Portela de Azevedo, 39, Flávio Bruno, 46, as ex-contratadas do posto Elizabeth Calmon Gomes Magalhães, 51, e Lúcia Catariana Rodrigues Sales, 52, e a despachante Edna Fonseca Afonso, 61.
O Ministério Público obteve a prisão temporária por cinco dias dos acusados, que devem responder sob a acusação de formação de quadrilha, estelionato e peculato, com penas que podem chegar a 20 anos de prisão. A Folha não localizou os advogados dos acusados.


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