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Pesquisadora da Cnen aponta falta
de transparência
DA REDAÇÃO
A renovação da INB, em outubro, de sua autorização para
explorar urânio na mina de
Caetité (BA), apesar de relatório da Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear), sócia
majoritária da INB, que sugeriu a suspensão das atividades,
foi criticada pela física e pesquisadora titular da comissão,
Rossana Cavalieri Falcão.
"A Cnen não tem procedimentos claros. A coisa é feita de
maneira subjetiva. Um técnico
diz que não pode, outro diz que
pode. E eles [Cnen] acatam o
que mais convém", disse Falcão ontem. Em artigo publicado na última sexta no "Jornal
da Ciência", da Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência, a pesquisadora disse
haver suposta falta de transparência nas decisões da Cnen.
Reportagem da Folha informou anteontem que relatório
da Codin (Coordenação de Instalações Nucleares) apontou 25
irregularidades na mina. A
Cnen manteve a operação em
Caetité com base em estudo da
IRD (Instituto de Radioproteção e Dosimetria), também da
comissão. Apesar de reconhecer problemas, a IRD concluiu
ser possível uma concessão
temporária. Os fiscais do primeiro relatório pediram exoneração dos cargos.
Outro lado
O presidente da Cnen, Odair
Dias Gonçalves, negou ontem
irregularidades na continuidade da exploração de urânio em
Caetité. Segundo ele, a decisão
de manter a operação na mina
foi tomada levando em conta
os dois relatórios, e os fiscais da
Codin foram consultados.
Sobre o artigo escrito por
Rossana Falcão, Gonçalves
afirmou que são "opiniões
pouco baseadas, sem fatos".
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