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CRÍTICA À REFORMA AGRÁRIA
Assentado reclama da infra-estrutura do local onde vive, que, segundo diz, não tem água nem escola
Presidente é interpelado por trabalhador
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva passou pelo constrangimento de ouvir duras críticas de
um ex-trabalhador escravo em
relação à qualidade dos assentamentos da reforma agrária. Desde que assumiu o governo, Lula
tem falado que a infra-estrutura
dos projetos tem prioridade em
relação à quantidade de famílias
a serem beneficiadas.
"Lá [assentamento] é muito
difícil, presidente. Não tem água,
não tem estrada e não tem colégio. Os meus filhos têm que morar na cidade. Presidente, olhe
para o nosso lado, olhe para nossa gente", afirmou o trabalhador
rural, cujo nome não foi divulgado por questão de segurança.
Dois anos atrás, ele foi resgatado por fiscais do Ministério do
Trabalho de uma fazenda no interior paraense em condições
análogas à escravidão e, em seguida, ganhou um lote num assentamento em Araguaína (TO).
Após o evento, Lula conversou
com o trabalhador e prometeu
ajudá-lo. Um assessor do presidente pediu seu nome completo
e o endereço do assentamento.
Antes do evento, ao passar
próximo a um grupo de jornalista, Lula se antecipou às perguntas com uma brincadeira: "Qual
é a fofoca do dia?"
(EDUARDO SCOLESE e LUCIANA CONSTANTINO)
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