São Paulo, quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

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CRÍTICA À REFORMA AGRÁRIA

Assentado reclama da infra-estrutura do local onde vive, que, segundo diz, não tem água nem escola

Presidente é interpelado por trabalhador

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou pelo constrangimento de ouvir duras críticas de um ex-trabalhador escravo em relação à qualidade dos assentamentos da reforma agrária. Desde que assumiu o governo, Lula tem falado que a infra-estrutura dos projetos tem prioridade em relação à quantidade de famílias a serem beneficiadas.
"Lá [assentamento] é muito difícil, presidente. Não tem água, não tem estrada e não tem colégio. Os meus filhos têm que morar na cidade. Presidente, olhe para o nosso lado, olhe para nossa gente", afirmou o trabalhador rural, cujo nome não foi divulgado por questão de segurança.
Dois anos atrás, ele foi resgatado por fiscais do Ministério do Trabalho de uma fazenda no interior paraense em condições análogas à escravidão e, em seguida, ganhou um lote num assentamento em Araguaína (TO).
Após o evento, Lula conversou com o trabalhador e prometeu ajudá-lo. Um assessor do presidente pediu seu nome completo e o endereço do assentamento.
Antes do evento, ao passar próximo a um grupo de jornalista, Lula se antecipou às perguntas com uma brincadeira: "Qual é a fofoca do dia?" (EDUARDO SCOLESE e LUCIANA CONSTANTINO)

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