|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ex-preso político assumirá ministério
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Palácio do Planalto confirmou ontem a nomeação do ex-preso político Paulo de Tarso
Vannuchi para a Secretaria Especial de Direitos Humanos. Amigo
do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e ex-presidente do Instituto
Cidadania, ONG ligada ao PT, ele
assume o cargo na próxima quarta-feira, na vaga do ministro interino, Mário Mamede.
Antes disso, na segunda, participa de reunião ministerial na
Granja do Torto. Vannuchi assume com o objetivo de reorganizar
a secretaria, que chegou a perder
o status de ministério na reforma
ministerial de julho. Passou, à
época, a responder ao ministro
Luiz Dulci (Secretaria Geral da
Presidência), o que provocou fortes críticas de entidades e movimentos ligados ao tema.
Cientista político que atuou em
todos as campanhas de Lula a
presidente, Vannuchi é assessor
do Sindicato dos Metalúrgicos de
São Bernardo do Campo (SP) e
membro do Instituto Cidadania,
criado por Lula em 1990.
"Ele [Vannuchi] é um excelente
nome. E logo a curto prazo terá
que agilizar os trabalhos e tratar
das indefinições que ficaram na
secretaria após a saída do Nilmário [Miranda, que deixou o cargo
em julho]", afirmou Augustino
Veit, presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos
Políticos, vinculada à secretaria.
Veit deverá pedir a Vannuchi a
criação de um banco de dados de
DNA na comissão e transferência
dos arquivos da Abin (Agência
Brasileira de Inteligência) para o
Arquivo Nacional, além da realização de novas diligências para
localizar restos mortais de desaparecidos políticos.
(EDUARDO SCOLESE E LUCIANA CONSTANTINO)
Texto Anterior: Crítica à reforma agrária: Presidente é interpelado por trabalhador Próximo Texto: Senado aprova projeto de lei para recriar a Sudene Índice
|