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CASSAÇÕES
Assessor sacou R$ 150 mil
Cassável do PL atribui saque a ex-deputado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Acusado de envolvimento no
escândalo do "mensalão", o deputado federal Wanderval Santos
(PL-SP) responsabilizou ontem o
ex-deputado Carlos Rodrigues
(PL-RJ) pelo saque de R$ 150 mil
que aparece em seu nome na lista
apresentada pelo publicitário
Marcos Valério de Souza.
Durante depoimento ao Conselho de Ética, o deputado complicou-se ao admitir ter sido sócio de
Rodrigues em rádios e ter assinado emenda ao Orçamento de
2006 em favor de fundação ligada
a um assessor seu.
O relator do processo, Chico
Alencar (PSOL-RJ), classificou o
depoimento de "complicado" e
"nebuloso". "Apesar de ele negar
os vínculos com Rodrigues, foi
(ou ainda é) seu sócio em diversas
rádios, mostrando uma relação
intensa." "Nós vamos trabalhar a
partir de todos esses elementos",
completou.
Wanderval está sendo processado porque seu motorista, Celio
Marcos Teixeira, esteve no banco
Rural em 17 de dezembro de 2003
e sacou R$ 150 mil de uma conta
de Valério. Wanderval afirma que
Teixeira agiu a mando de Rodrigues, que, segundo ele, tinha ingerência sobre assessores de deputados ligados à Igreja Universal.
"Ele [Rodrigues] não era somente nosso orientador político,
mas nosso orientador espiritual.
Nunca pensamos que pudesse
usar nossos funcionários para se
locupletar pessoalmente", disse.
Wanderval contou que não tem
mais bom relacionamento com
Rodrigues e que já desfez a sociedade em rádios. A Folha não conseguiu localizar Rodrigues ontem.
Wanderval admitiu ter assinado uma emenda ao Orçamento da
União em favor da Fundação Maria Fernandes dos Santos, pela
qual um assessor dele identificado apenas como Martins seria o
responsável.
(ADRIANO CEOLIN)
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