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CORREIOS
Ex-Ministro teria poder de veto
Luiz Gushiken aprovava contratos, diz publicitário
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ex-sócio da agência Link Bagg,
que presta serviço aos Correios,
Maurício de Santana afirmou ontem que os contratos, subcontratos e orçamentos da área de publicidade da estatal eram submetidos à Secom (Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão
Estratégica) durante a gestão do
então ministro Luiz Gushiken,
que teria poder de veto.
À CPI dos Correios Gushiken
negou participação na fixação de
valores de contratos e de gerenciamento de recursos das estatais.
Segundo ele, a secretaria supervisionava apenas campanhas publicitárias e licitações de empresas.
"Todos os contatos passavam
pela Secom, que aprovava desde o
conceito até o layout e o orçamento. Antes da contratação submetíamos o orçamento ao cliente
[Correios] e à Secom", afirmou
Santana. Segundo ele, o contrato
com os Correios funcionava como um "guarda-chuva": as agências subcontratavam empresas de
assessoria de imprensa e de promoção de eventos.
Uma das subcontratadas pela
Link Bagg foi a Multiaction, empresa de promoção de eventos do
publicitário Marcos Valério de
Souza. "A agência vende a idéia,
tudo o mais é feito por subcontratação de terceiros", disse ele.
Questionado pela deputada Denise Frossard (PPS-RJ) se a Secom tinha poder de veto nesses
contratos e orçamentos, Santana
respondeu que sim.
A assessoria de imprensa de
Gushiken afirmou que os Correios submetiam uma planilha à
Secom com os custos dos eventos
porque a secretaria possuía informações sobre a área de publicidade de todos os ministérios, então
saberia se os preços cobrados
eram "exorbitantes" ou não. A assessoria de imprensa ressaltou
que a Secom não tinha conhecimento de quem era o fornecedor.
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