|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
outro lado
Dados sobre pessoal são sigilosos, diz agência
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Vinculada à Presidência, a
Abin informou por meio de sua
assessoria que "tem como política de segurança não fornecer
informações que envolvam
questões de pessoal". Indagada
se autorizou a criação da BR
Capital Press, disse que não é
da competência da Abin autorizar a criação de empresas.
A Abin declarou que são sigilosas as informações sobre a
forma de remuneração e as fontes empregadas na inteligência.
Ao responder por que monitora
movimentos de sem-terra, disse que "realiza acompanhamentos sistemáticos de eventuais ameaças à sociedade".
"Sempre que há ameaça ao
patrimônio, fazemos ações de
inteligência. Temos conhecimento do modus operandi desses manifestantes [do MST]",
disse o diretor interino da Abin,
Wilson Trezza, em sabatina em
novembro no Senado, quando
afirmou que o MST não pode
ser tido como violento porque
tem correntes moderadas.
Os donos da BR Capital Press
admitem que foram cedidos
oficialmente para a Abin antes
de registrarem a empresa. "Como servidores, sim [prestamos
serviços para a Abin]. Mas não
como agência. Uma coisa não
tem nada a ver com a outra",
disse Emanoel Viana, administrador. Ao ouvir da reportagem
o histórico sobre a criação da
BR Capital Press em parceria
com a Abin, o outro sócio, Delcio Rodrigues, que disse ser PM
aposentado e fotojornalista,
afirmou: "Passado é passado".
Questionado se a Abin nunca
os procurou para trocar informações, disse: "A princípio, especificamente, não. Com exclusividade, não". Os donos não
quiseram receber a Folha no
escritório da BR Capital Press.
Indagado por telefone sobre
clientes, Rodrigues falou em
"prefeituras e jornais". Diante
do pedido dos nomes dos municípios, primeiro disse não saber citar; depois, afirmou que
não listaria a clientela para evitar o risco de perdê-la.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Crise atinge Ministério Público do DF Índice
|