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Para PT, reação de Temer faz "parte do jogo"
MALU DELGADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Dirigentes do PT nacional e em São Paulo evitam
dar declarações que possam aumentar o mal-estar
com o PMDB, mas entendem que as ameaças veladas do presidente da Câmara, Michel Temer, que
julgam ser "normais no jogo partidário", não põem
em risco a disposição peemedebista para selar a
aliança com a ministra
Dilma Rousseff (Casa Civil) na campanha de 2010.
Reservadamente, porém, petistas avaliam que
o grupo ligado a Temer foi
crucial para Orestes Quércia se eleger com folga à
presidência do PMDB
paulista, impedindo que
peemedebistas ligados ao
PT chegassem à Executiva
do partido. A atitude foi
interpretada como resposta do peemedebista ao PT
e ao presidente Lula, que
sugeriu ao partido que
preparasse uma lista tríplice para Dilma escolher
o candidato a vice.
"Temos que deixar a
poeira baixar. Se uma altercação dessa for suficiente para romper a
aliança [PT-PMDB], então
é porque a aliança não é
importante", alfinetou o
líder do PT na Câmara,
Cândido Vaccarezza (SP).
Segundo o petista, o presidente Lula já reiterou diversas vezes que quer a
parceria com o PMDB.
"Eu mesmo já falei em várias oportunidades que o
meu candidato a vice é o
Temer", amenizou Vaccarezza, que pretende conversar hoje com o presidente da Câmara.
Disposto a arregimentar
apoio de peemedebistas
em São Paulo para Dilma,
o prefeito de Araraquara,
Edinho Silva, eleito para a
presidência do PT no Estado, afirma que "Temer
precisa ser tratado como
um líder político" que auxilia o governo Lula. Na linha "paz e amor", defendeu ainda o diálogo com
Quércia em São Paulo.
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