São Paulo, segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

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Para PT, reação de Temer faz "parte do jogo"

MALU DELGADO
DA REPORTAGEM LOCAL

Dirigentes do PT nacional e em São Paulo evitam dar declarações que possam aumentar o mal-estar com o PMDB, mas entendem que as ameaças veladas do presidente da Câmara, Michel Temer, que julgam ser "normais no jogo partidário", não põem em risco a disposição peemedebista para selar a aliança com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) na campanha de 2010.
Reservadamente, porém, petistas avaliam que o grupo ligado a Temer foi crucial para Orestes Quércia se eleger com folga à presidência do PMDB paulista, impedindo que peemedebistas ligados ao PT chegassem à Executiva do partido. A atitude foi interpretada como resposta do peemedebista ao PT e ao presidente Lula, que sugeriu ao partido que preparasse uma lista tríplice para Dilma escolher o candidato a vice.
"Temos que deixar a poeira baixar. Se uma altercação dessa for suficiente para romper a aliança [PT-PMDB], então é porque a aliança não é importante", alfinetou o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP).
Segundo o petista, o presidente Lula já reiterou diversas vezes que quer a parceria com o PMDB. "Eu mesmo já falei em várias oportunidades que o meu candidato a vice é o Temer", amenizou Vaccarezza, que pretende conversar hoje com o presidente da Câmara.
Disposto a arregimentar apoio de peemedebistas em São Paulo para Dilma, o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, eleito para a presidência do PT no Estado, afirma que "Temer precisa ser tratado como um líder político" que auxilia o governo Lula. Na linha "paz e amor", defendeu ainda o diálogo com Quércia em São Paulo.


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