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"Tribunal de mídia" está entre propostas de evento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Na pauta do evento que o governo Lula organizará para discutir a comunicação social no
Brasil estarão propostas como
a instalação de um "tribunal de
mídia", a adoção de uma "cláusula de consciência" para trabalhadores do setor e a criação
de punições para jornalistas
"que excluam a sociedade civil
e o governo da verdadeira expressão da verdade".
As ideias foram colhidas em
debates nos 27 Estados e serão
colocadas em votação na Confecom. No total, foram compiladas 6.094 sugestões de políticas e mudanças no marco regulatório do setor. Sobre o teor da
pauta, Marcelo Bechara, presidente da comissão organizadora, disse que as propostas mais
restritivas e que mais atentam
contra a liberdade de imprensa
e o jornalismo independente
não são consensuais e "dificilmente serão aprovadas".
Para Paulo Tonet, da ANJ
(Associação Nacional de Jornais), o controle social da mídia
já existe: "É o controle remoto e
o jornal na banca. Fora disso é
censura, e isso eu não quero
mais". A ANJ e outras entidades empresariais se retiraram
da discussão justamente por
conta da possibilidade de aprovação de teses restritivas à liberdade de expressão.
Entre as ideias que serão levadas a votação na conferência,
uma determina que, em 15
anos, 30% das emissoras de rádio e TV estejam em mãos de
entidades não comerciais. Outra sugere uma lei que obrigue
os veículos de comunicação a
publicar com destaque informações sobre as condenações
que tenham sofrido.
Há ainda propostas direcionadas à publicidade. A maioria
quer proibir anúncios de remédios, bebidas alcoólicas, produtos para crianças e alimentos.
(ANDREZA MATAIS)
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