São Paulo, segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

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Painel

VERA MAGALHÃES (interina) - painel@uol.com.br

CPI do Metrô

O PT vai apresentar pedido de CPI do Metrô tão logo a Assembléia Legislativa paulista retome os trabalhos. "Os prejuízos da nova tragédia não afetam só a economia e o erário. Ela pode ter deixado vítimas fatais, e isso exige uma CPI", diz Simão Pedro, presidente da Comissão de Serviços e Obras Públicas e autor da representação que deu origem a um inquérito civil para verificar ilegalidades na obra da linha 4 do Metrô, em que houve o acidente de sexta-feira.
O inquérito foi aberto pelo Ministério Público Estadual em dezembro. Em ofício ao MP, o presidente do Metrô, Luiz Carlos David, disse que todos os cuidados foram tomados na linha 4 para "prevenir e eliminar riscos inerentes a obras deste tipo e complexidade".

Não é comigo. Em audiência na Comissão de Obras em dezembro de 2005, para tratar de outros acidentes na obra, o presidente do Metrô disse aos deputados que, pelo contrato da linha 4, toda a fiscalização caberia ao consórcio responsável pela construção.

Nem comigo. Em resposta a requerimento de Simão Pedro, o ex-secretário de Transportes Metropolitanos Jurandir Fernandes respondeu que o contrato da obra estava "à disposição" dos deputados e que caberia ao Tribunal de Contas do Estado fiscalizar atos da administração.

Pela metade 1. O projeto de lei sobre o terrorismo que o governo federal deve enviar até abril ao Congresso contraria o discurso de posse de Lula e deixa de fora a tipificação para atos cometidos por organizações criminosas como PCC e Comando Vermelho.

Pela metade 2. "Seria dar conotação política a crimes comuns, o que ajudaria essas organizações", diz o ministro Jorge Félix, do Gabinete de Segurança Institucional. O projeto deve se ater a casos como ataques nucleares, biológicos e químicos.

Na cadeira. Tarso Genro (Relações Institucionais) reuniu seus assessores para um jantar de confraternização na última quarta-feira, em Brasília. Em tom de despedida, disse que "foi muito bom contar" com a ajuda de todos. O ministro é cotado para a Justiça.

Invasão. O número recorde de pedidos de visto de norte-americanos para o Brasil (1,4 mil até agora), por conta dos Jogos Pan-Americanos, levou o novo embaixador em Washington, Antônio Patriota, a pedir a Brasília reforços de funcionários e diplomatas para atuar nos EUA.

Aliados furiosos. Aldo Rebelo (PC do B-SP) recebeu telefonema de apoio de Ciro Gomes (PSB-CE). O ex-ministro disse que considera "muito grave" o tratamento dispensado pelo PT ao presidente da Câmara.

Aritmética. Aldo também conversou com os 16 tucanos de Minas. Argumentou que de nada interessa a Aécio Neves referendar um acordo de José Serra com o PT de São Paulo.

Novo embate. A poderosa primeira-secretaria da Câmara também será disputada. Osmar Serraglio (PMDB-PR) enviou carta aos deputados se lançando ao posto. Vai enfrentar o líder de seu partido, Wilson Santiago (PB).

Remake. Gilvam Borges (PMDB), que assumiu uma cadeira no Senado pelo Amapá após a cassação de João Capiberibe (PSB) por compra de votos, está sendo acusado pelo mesmo crime.

Tabelinha. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, garantiu ao governador José Roberto Arruda que Brasília será uma das sedes da Copa 2014, se a disputa for no Brasil.

Consórcio. Em rara parceria, os governos Lula, Serra e Kassab assinarão nas próximas semanas um convênio de R$ 20 milhões para a construção de três conjuntos habitacionais na capital paulista.

Tiroteio

É só esperar: Delúbio, Genoino e Dirceu estão chegando na Land Rover do Silvinho Pereira. Berzoini e Lorenzetti chegam mais tarde, de ambulância, para o churrasco.


Do prefeito do Rio, CESAR MAIA (PFL), sobre reportagem da revista "Veja" segundo a qual João Pizolatti (PP-SC) tentou atrair apoios para Arlindo Chinaglia (PT-SP) dizendo que "o esquema está operante de novo".

Contraponto

Jejum forçado

Paulo Renato (PSDB-SP) recebeu em um hotel de São Paulo, na semana passada, os colegas do grupo que articula uma candidatura alternativa à presidência da Câmara. Durante a reunião foi servido um almoço e, no fim, chegou a conta: R$ 150 por cabeça. Paulo Renato tentou explicar que o uso do espaço estava incluído no preço, mas Fernando Gabeira (PV-RJ) não deixou barato:
-Por esse valor como uma semana no meu natureba...
Chico Alencar (PSOL-RJ) emendou:
-E eu 15 dias num restaurante a quilo na Lapa!
Os parlamentares então decidiram que, a partir dali, as reuniões do grupo seriam fora do horário das refeições.


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