DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O suplente de senador Edison Lobão Filho (DEM-MA) afirmou ontem, por sua assessoria, que não é dono da Itumar. Ele também negou ter usado laranja para fugir de dívidas com impostos de outra empresa, a Bemar.
"Acredito que fatos antigos só estão sendo remexidos para tentar criar um clima de intimidação em virtude da minha condição de suplente de senador."
A reportagem procurou Marco Antonio Pires da Costa, procurador da Itumar, e foi informada que ele está viajando. Seu advogado, Daniel Guerreiro, não ligou de volta.
"Fui sócio da distribuidora Bemar de junho de 1997 a outubro de 1998. Em 1998, decidi deixar a sociedade e transferir minhas cotas de participação para pessoas ligadas ao meu verdadeiro sócio, Marco Antonio da Costa", diz Lobão Filho, em nota.
A assessoria disse que Lobão Filho está em viagem. "Por indicação de Costa, (...) transferi as cotas de minha participação na empresa para a mãe dele [Maria Vicentina] e para Maria Lúcia Martins [a empregada doméstica], a quem eu não conhecia (...), mas que me foi dito pelo próprio Costa tratar-se de pessoa da sua confiança", disse Lobão Filho.
"Só muito tempo depois, fui saber que Maria Lúcia Martins era empregada de Marco Antônio Costa."
A respeito da entrevista à revista "Veja", afirmou que "jamais disse que me arrependi de tal atitude [transferir ações], apenas afirmei que não conhecia Maria Lúcia e que, se soubesse que se tratava da empregada doméstica, não teria concordado".


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