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Vencedor prega
independência
do Legislativo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O novo presidente da Câmara,
deputado Aécio Neves (PSDB-MG), fez um discurso, antes da
votação, pregando a independência e o resgate das funções do Legislativo, mas sem atritos com o
Poder Executivo.
No discurso, feito de improviso,
Aécio falou o que a maioria dos
deputados -integrantes da base
governista- queria ouvir.
Afirmou que vai colocar o projeto que limita o uso de medidas
provisórias em votação. Essa é
uma das principais reivindicações
dos deputados.
"Não como um ato de virulência ou de oposição a este governo,
mas como um gesto claro de resgate daquela que é a essência da
nossa atividade parlamentar, que
é o dever da iniciativa para legislar", declarou Aécio.
O tucano defendeu a "fiscalização severa" da execução orçamentária, afirmando que a parte
alterada pelos parlamentares por
meio de emendas "será sagrada e
deverá ser cumprida pelo Poder
Executivo".
Aécio elegeu também como
prioridade a participação da Câmara nos rumos da política econômica do país. "Distribuir a renda neste país não é responsabilidade apenas do Poder Executivo,
mas sobretudo desta Casa."
O tucano, que contou com o
apoio das bancadas do PMDB e
do PSDB, foi o mais aplaudido
dos candidatos durante a sessão.
O discurso parecia o de um candidato já eleito que tenta amenizar a
crise gerada na disputa para ter
apoio para presidir. "Serei presidente de todos."
Aécio citou os demais candidatos com elogios. Disse que Inocêncio, que foi seu principal adversário, "soube se conduzir, como sempre na sua vida pública,
de forma digna e correta".
Em campanha, Aécio prometeu
vender os 432 apartamentos funcionais da Casa. A operação deve
gerar R$ 129,6 milhões, que seriam usados na construção de um
novo prédio para melhorar os gabinetes dos deputados.
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