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Petista defende limite a MPs
DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
O candidato do PT à presidência da Câmara, Aloizio Mercadante, disse em seu discurso ao
plenário que era o único em condições de limitar a edição de medidas provisórias pelo governo.
O petista acusou seus dois principais adversários, Aécio Neves
(PSDB-MG), eleito o novo presidente da Casa, e Inocêncio Oliveira (PFL-PE), de terem desprezado
o assunto nos últimos anos, apesar de terem tido chance de aprovar a limitação das MPs.
De acordo com Mercadante,
mais de 80% do que foi aprovado
na Câmara nos últimos anos saiu
"do outro lado da Praça dos Três
Poderes (Palácio do Planalto)".
"Curiosamente, líderes das bancadas majoritárias e do bloco de
sustentação do governo apresentam-se agora como arautos da renovação. Onde estiveram meus
adversários na hora de regulamentar as medidas provisórias?",
perguntou o candidato oposicionista em seu discurso.
O petista disse que, se fosse eleito, iria rever o conceito de imunidade parlamentar, aprovar um
código de ética para os deputados
e transformar as emendas ao Orçamento em "impositivas" -ou
seja, de cumprimento obrigatório
pelo Executivo. E garantiu que
CPIs que "sigam as normas regimentais" seriam instaladas.
Apesar de ser da oposição, Mercadante afirmou que seria um
presidente da "instituição".
O petista aproveitou o discurso
para alfinetar Michel Temer
(PMDB-SP), que deixou ontem a
presidência da Câmara: "Chega
de os deputados precisarem ser
amigos da Mesa para conseguir
ser ouvidos". Temer sorriu.
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