São Paulo, quinta-feira, 15 de fevereiro de 2001

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Petista defende limite a MPs

DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

O candidato do PT à presidência da Câmara, Aloizio Mercadante, disse em seu discurso ao plenário que era o único em condições de limitar a edição de medidas provisórias pelo governo.
O petista acusou seus dois principais adversários, Aécio Neves (PSDB-MG), eleito o novo presidente da Casa, e Inocêncio Oliveira (PFL-PE), de terem desprezado o assunto nos últimos anos, apesar de terem tido chance de aprovar a limitação das MPs.
De acordo com Mercadante, mais de 80% do que foi aprovado na Câmara nos últimos anos saiu "do outro lado da Praça dos Três Poderes (Palácio do Planalto)".
"Curiosamente, líderes das bancadas majoritárias e do bloco de sustentação do governo apresentam-se agora como arautos da renovação. Onde estiveram meus adversários na hora de regulamentar as medidas provisórias?", perguntou o candidato oposicionista em seu discurso.
O petista disse que, se fosse eleito, iria rever o conceito de imunidade parlamentar, aprovar um código de ética para os deputados e transformar as emendas ao Orçamento em "impositivas" -ou seja, de cumprimento obrigatório pelo Executivo. E garantiu que CPIs que "sigam as normas regimentais" seriam instaladas.
Apesar de ser da oposição, Mercadante afirmou que seria um presidente da "instituição".
O petista aproveitou o discurso para alfinetar Michel Temer (PMDB-SP), que deixou ontem a presidência da Câmara: "Chega de os deputados precisarem ser amigos da Mesa para conseguir ser ouvidos". Temer sorriu.


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