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São Paulo, sábado, 15 de fevereiro de 2003

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Cidades estão em situação de emergência

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Algumas das cidades atingidas pelo corte nos investimentos em saneamento básico (sistemas de água e esgoto) estão em situação de emergência reconhecida pelo governo por causa da seca.
Na Bahia, é o caso de Poções, Piritiba e Rio do Pires. No Piauí, Palmeira do Piauí e Pimenteiras estão na mesma situação.
Lourival Gabriel Monteiro, assessor da Prefeitura de Pimenteira, disse que a falta de saneamento é uma das principais causas de diarréia e dengue na cidade.
O corte no orçamento brecou- pelo menos enquanto o governo não liberar dinheiro- uma obra de R$ 120 mil que beneficiaria 150 famílias, cerca de 700 pessoas. É menos de R$ 180 por pessoa.
Outra cidade afetada pelos cortes é Maceió (AL). Mais especificamente o bairro de Fernão Velho e Goiabeiras, onde 2.000 famílias só usam água de poço e de nascente de rio. No ano passado, o governo liberou recursos, via Fundação Nacional de Saúde, para atender parte do bairro.
Água encanada é considerada um dos pilares da saúde pública. Quando o Fome Zero foi lançado em Guaribas (PI), no início do mês, o secretário de Saúde do município, João Abimael Neto, disse que o programa não combateria a desnutrição infantil.
No Nordeste, só 66,4% dos domicílios estão ligados à rede de água. Das 44,8 milhões de residências do Brasil, 7,5 milhões não têm banheiro e 3,7% não contam nem com um sanitário. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). (GA)


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