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PSDB vai pedir auditoria em pesquisa da CNT
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA SUCURSAL DO RIO
O PSDB decidiu pedir uma auditoria ao TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) na pesquisa CNT/Sensus divulgada ontem. "Está na hora de dar um basta na manipulação de pesquisas eleitorais. As distorções nessa pesquisa CNT/Sensus são terríveis, eu não acredito
nela", disse Arthur Virgílio (AM),
líder do PSDB no Senado.
Uma das supostas incongruências da sondagem seria o aumento
do número de pessoas que desconhecem o governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB),
apesar de sua maior exposição devido à pré-candidatura à Presidência da República. No levantamento realizado em novembro,
15,5% diziam não conhecer Alckmin. No divulgado ontem, esse
percentual sobe para 18,9%.
Outra contestação feita por Virgílio está na distribuição de votos
quando os nomes de José Maria
Eymael, que aparece com 1,5%
das intenções de voto, e Roberto
Freire, com 1%, entram na disputa. Sem eles, a diferença entre Lula
e José Serra é de 11,6 pontos percentuais. Quando os dois são incluídos na pesquisa, essa diferença cai para 4,6 pontos.
Também chamou a atenção dos
tucanos o aumento da rejeição de
Serra e Alckmin se comparada
com outras pesquisas, apesar de a
metodologia para aferição da rejeição ser diferente entre os institutos. Na sondagem feita pelo
Ibope em dezembro e janeiro, eles
tinham entre 7% e 9%; agora, no
CNT/Sensus, têm entre 39% e
41%. "Como isso pode acontecer?
Eles não mataram nenhuma
criança", afirmou.
Virgílio ainda levantou dúvidas
sobre a recuperação de Lula. Ele
questiona a ausência das perguntas sobre o impacto da crise política na imagem do presidente e se
ele participou dos episódios de
corrupção, que estava na pesquisa
de novembro. A CNT não comentou as críticas do PSDB até o fechamento desta edição.
Cesar Maia
O prefeito do Rio, Cesar Maia
(PFL), também colocou em dúvida os resultados da pesquisa.
Maia disse, em e-mail que circula
para pessoas que eram cadastradas em seu antigo blog, que a pesquisa "é completamente inconsistente" e sugere uma auditoria técnica no instituto.
"Há cheiro de pesquisa forjada.
Afinal, quem contrata é suspeito e
é ou era sócio do Marcos Valério",
disse Maia, que se referia nesse caso ao presidente da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), Clésio Andrade, que é vice-governador de Aécio Neves
(PSDB) e filiado ao PL, partido
aliado ao governo federal e envolvido no escândalo do "mensalão".
O diretor do Sensus, Ricardo
Guedes, rebateu as críticas e afirmou que a rejeição do instituto é
calculada de maneira individual e
não em um cartão conjunto com
os nomes de todos os candidatos.
"Acho que é melhor maneira de
medir a rejeição", disse. Guedes
afirmou serem "absolutamente
improcedentes" as vinculações
que o prefeito faz do instituto com
o "mensalão" e Valério: "Quando
a pesquisa traz um número que
não agrada ao político, é comum
tentar desqualificar a fonte".
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