DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Cerca de uma hora antes da formalização do pedido de CPI dos Cartões, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso enviou um e-mail ao presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), afirmando que "não vê motivos para preocupação" sobre gastos em sua gestão.
O e-mail foi recebido por tucanos como um "aval" para protocolar o pedido de CPI e tentar encerrar as turbulências entre a cúpula do partido e a bancada na Câmara causadas após o deputado Carlos Sampaio (SP) negociar com o governo a extensão da investigação até 1998.
"Tendo sido veiculado pela mídia que setores do PSDB estariam preocupados com desdobramentos da CPI sobre os cartões corporativos ou outras formas de gasto público no período de meu governo e, em particular, despesas incorridas por mim ou por membros de minha família, desejo informar-lhe, e pedir que transmita a nossos companheiros, que não vejo motivos para qualquer preocupação nesse sentido", diz a mensagem.
No texto, diz que nem ele nem sua família usaram "recursos públicos para sufragar despesas pessoais": "Quanto aos gastos normais da máquina pública, inclusive no que diz respeito aos incorridos na manutenção dos palácios, nunca foram objeto de determinações específicas nossas. Se, eventualmente, não seguiram as regras e trâmites normais, é bom que isso seja identificado e esclarecido, para que os erros não se repitam". FHC defendeu que o Congresso tenha acesso a despesas do Executivo.


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