|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CGU vê erro em gastos e manda ministro da Pesca devolver R$ 538
Auditoria isenta Gregolin de irregularidades ao utilizar cartão para pagar diárias e locação de carro; União já foi ressarcida
Controladoria não vê má-fé, mas diz que despesas com alimentação em Brasília e gastos com delegações não devem ser pagas com cartão
FELIPE SELIGMAN
LUCAS FERRAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A CGU (Controladoria Geral
da União) apontou "impropriedades" em duas despesas com
alimentação do ministro Altemir Gregolin (Pesca) custeadas
com cartão corporativo, segundo auditoria feita em seus gastos, e determinou que ele devolva o valor (R$ 538) à União
-o que já ocorreu, diz a CGU.
A conclusão livra o ministro
de outras punições, como havia
revelado a Folha nesta semana. A auditoria "afasta as suspeitas de irregularidade levantadas em matérias jornalísticas
sobre as despesas com hospedagem e locação de veículos".
O primeiro pagamento considerado impróprio é o de duas
refeições no Buffet Flory, em
Florianópolis, de R$ 26, em
2007. Como o cartão é de uso
individual, a CGU determinou
o ressarcimento de 50%. O ministro recolheu o valor integral.
Outro caso ocorreu em Brasília, como revelado pela Folha
do dia 30, quando Gregolin pagou R$ 512,60 em almoço para
a delegação da Academia de
Ciências Pesqueiras da China.
A auditoria determinou a devolução do valor, apesar de "não
vislumbrar dolo ou má-fé de
qualquer natureza, não há previsão legal para a realização
desse tipo de despesa com suprimento de fundos". Mesmo
argumento dado na época pelo
ministro da CGU, Jorge Hage.
Sobre o almoço em Florianópolis, que a CGU afirma que o
ministro pagou refeição a outra
pessoa, Gregolin contou que a
nota fiscal estava errada. "Houve erro Eu estava sozinho."
No caso da Choperia Pingüim, em Ribeirão Preto (SP),
os auditores concluíram que
"nada houve de irregular".
Nas conclusões da auditoria,
a GCU recomendou que a Secretaria da Pesca não use o cartão para despesas com alimentação em Brasília, e sugeriu
diárias para ministros e regras
para despesas com alimentação quando houver reuniões
com delegações estrangeiras.
A CGU também analisou extratos da ex-ministra Matilde
Ribeiro (Igualdade Racial) e do
ministro do Esporte, Orlando
Silva. Matilde gastou R$ 461,16
num free shop e mais de R$ 110
mil com aluguel de veículos,
enquanto Silva, além da compra de tapioca, pagou diárias
em hotel, no Rio, na companhia de mulher, filha e babá. A
CGU deve divulgar hoje a auditoria nos gastos de Matilde.
Texto Anterior: FHC diz não ver motivos para preocupação Próximo Texto: Franklin afirma que vai devolver valor de diárias Índice
|