São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 2006

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ELEIÇÕES 2006/PRESIDÊNCIA

Sem Serra, PSDB lança Alckmin à Presidência

Prefeito, que tentou demover governador de disputar vaga, falta a festa de lançamento

Lula avalia que escolhido torna a disputa imprevisível; líderes empresariais gostaram


Marlene Bergamo/Folha Imagem
Serra cumprimenta Alckmin, depois que o governador foi declarado candidato; da esq. para a dir., Arnaldo Madeira e Alberto Goldman


O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, 53, venceu a batalha interna do PSDB e foi indicado pelo partido para disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro. Sempre atrás de José Serra nas pesquisas de intenção de voto, o governador valeu-se da indefinição do prefeito para ocupar espaço político e reverter um quadro que lhe era desfavorável. O Planalto e o PT avaliam que a disputa será menos previsível do que seria contra Serra. Empresários festejaram a escolha -era o nome que preferiam desde sempre. A novela tucana durou quatro meses, desde que Alckmin revelou a intenção de concorrer, em dezembro.
Durante quase todo o tempo, Serra teve a preferência da cúpula do PSDB, mas a melhora da avaliação de Lula e o risco embutido no abandono prematuro da prefeitura fizeram-no postergar demais a decisão. Quando, anteontem, se colocou à disposição do partido, desde que não houvesse prévias, era tarde demais. Alckmin não cedeu ao apelo final do prefeito para abrir mão do confronto, e este, então, desistiu. O anúncio do nome do governador foi feito na sede do PSDB, na presença da cúpula e dos governadores tucanos, mas sem o prefeito, que se limitou a divulgar uma nota. Mais tarde, Alckmin visitou Serra na prefeitura -numa cena cercada por mal-estar. Tasso Jereissati apoiou o nome de Serra ao governo do Estado. Ele pensa nisso, mas ainda resiste.


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