São Paulo, quarta-feira, 15 de abril de 2009

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

Meio cheio, meio vazio

O dia começou mal nos EUA, no site do "New York Times", com a manchete "Varejo ofusca esperança de rápida recuperação". Mas bem por aqui, no UOL, com "Montadoras voltam ao nível produtivo pré-crise".
Fim do dia e as manchetes foram todas para Obama, que "vê mais dor agora, mas esperança mais tarde", no "NYT", ou "sugere esperança de recuperação", para o "Financial Times". Na Folha Online, "Ano continuará difícil apesar de medidas anticrise, diz Obama".
Para o "Washington Post", analisando o noticiário, "Obama infunde confiança ao mesmo tempo em que diminui expectativas", em teatro de "equilíbrio".

A CESTA SECA
André Penner/news.yahoo.com
Na AP, a soja de Fátima do Sul

No destaque de Brasil por Yahoo News e Google News, despacho da AP mostrou que a "cesta de pães", a produção agrícola do país, passou da corrida ao campo de um ano atrás para uma agricultura "de joelhos" devido à crise e ao "castigo da seca".
O correspondente Alan Clendenning foi até Fátima do Sul, em Mato Grosso do Sul, e entrevistou especialista da universidade de Kansas para retratar os problemas vividos no Centro-Oeste.

PETRÓLEO E...
Também em destaque no Yahoo News, com Bloomberg, "Enquanto as nações da Opep fazem os maiores cortes de produção da história, Brasil e Rússia estão bombeando mais petróleo do que nunca, ameaçando derrubar o preço para baixo de US$ 50".

MAIS PETRÓLEO
Na manchete da Folha Online à noite e com eco no site do "Wall Street Journal" e nas agências, "Petrobras faz nova descoberta de petróleo na bacia de Santos". É "óleo leve" e fica em área que a agência de petróleo deu como recordista em reservas.

À ESPERA DE OBAMA
A estatal Voz da América reportou que, a caminho da Cúpula das Américas, "o presidente Obama pode encarar pressão para encerrar os 50 anos de relação hostil com Cuba", mesmo após anunciar ações de liberalização.
No "WP", em opinião destacada também pelo "NYT", Wayne Smith, que chefiou a representação americana em Havana, avaliou que, "se isso é tudo o que Obama tem a oferecer, como mudança em nossa política sobre Cuba, ele vai enfrentar uma situação difícil na Cúpula".

O MÍNIMO
granma.cubaweb.cu
A primeira reação de Fidel foi negativa, "Do embargo não se falou" (dir.), mas depois ele postou um texto http://www.granma.cubaweb.cu/secciones/ref-fidel/art121.html curto e simpático a Obama. Para o "NYT" http://www.nytimes.com/aponline/2009/04/14/world/AP-CB-Cuba-More-Americans.html?_r=1 , "Fidel vê mudanças positivas, mas mínimas"

PEQUENO PASSO
Pelas agências e em sites da Venezuela aos EUA, mas sem maior repercussão por aqui, o chanceler Celso Amorim descreveu as medidas como "pequeno passo na direção certa" e afirmou que "Obama precisa entender que a região espera o fim do embargo".

MUDANÇA RADICAL
Já o advogado José Dirceu postou em seu blog que as medidas são "uma radical mudança dos EUA em relação a Cuba". Em suma, "a medida realmente política, de fundo, é restabelecer os serviços de telefonia, TV por satélite e internet, antes bloqueados".

OBAMA QUER COPA
Em destaque no "NYT", ontem, "Obama dá mais peso à proposta de Copa do Mundo" nos EUA, em 2018. Ele já enviou carta a Joseph Blatter, da Fifa, com trechos como: "Quando era criança, eu jogava futebol numa rua de terra em Jacarta, e o jogo aproximava as crianças do bairro"; "Como pai, vi o mesmo espírito de unidade nos campos das partidas de futebol das minhas filhas, em Chicago"; "Futebol é o verdadeiro esporte mundial" e por aí vai.

R$ 150
thesun.co.uk/huffingtonpost.com/en.rian.ru
Começou na segunda, no "Correio da Bahia", com "Dinheiro no sutiã salva passageira baleada em assalto", em Lauro de Freitas. E ontem foi o viral do dia ao redor do mundo, do inglês "The Sun" ao site americano The Huffington Post e à agência russa RIA Novosti, entre centenas de outros.

LINGERIE
Sem a mesma abrangência, a notícia viral do dia anterior havia sido a recusa da entrada de uma brasileira no Reino Unido, por levar "grande quantidade de lingerie".

LIBERAL
Por outro lado, ontem na BBC Brasil e anteontem na agência espanhola Efe, uma pesquisa em 35 países que revelou ser o Brasil o país que "mais aceita o divórcio".



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