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SUCESSÃO
Ex-presidente quer ser candidato
Collor faz proposta a Lula, Brizola e Ciro
em Porto Alegre
O ex-presidente Fernando Collor
de Mello disse ontem estar "inteiramente disponível" para conversar com líderes oposicionistas como Luiz Inácio Lula da Silva (PT),
Leonel Brizola (PDT) e Ciro Gomes (PPS), a fim de tentar barrar a
reeleição do presidente Fernando
Henrique Cardoso.
"Estou inteiramente disponível
para conversar com todas as forças
políticas que entendam ser este o
momento de uma união, acima de
qualquer divergência, para que
possamos retirar o país da situação
de extremo perigo em que se encontra"', afirmou Collor.
Lula e Brizola, adversários derrotados por Collor em 1989, reagiram de forma diferente.
"Ele disse uma coisa óbvia. É
exatamente isso que estamos fazendo, sem entrar no mérito de
sua presença ou não (na oposição)", afirmou Brizola.
"O problema do Collor não é
eleitoral. É de Justiça", declarou
Lula. "Não acredito que ele faça
parte das oposições no país. Ele devia resolver seus atos de delinquência antes de disputar novas
eleições", disse Lula.
Em entrevista pelo telefone, de
Miami (EUA), à rádio Guaíba, de
Porto Alegre (RS), o ex-presidente
disse que está retornando "definitivamente" ao Brasil esta semana.
Apesar de ter tido seus direitos
políticos cassados por oito anos,
em 1992, depois de sofrer um processo de impeachment, Collor declarou que será candidato.
Disse que sua campanha se voltará para os três "d": descalços,
descamisados e desempregados.
Segundo o Collor, o desemprego
"é alarmante" e agravou a situação
social. Ele também criticou as privatizações, citando a venda da
Light e da Vale do Rio Doce, "a jóia
mais preciosa das estatais".
"É necessário que tudo isso seja
revisto e repensado. Acho que o
momento é de unir as forças para
evitarmos que o Brasil seja entregue a mãos que não estão preparadas para geri-lo", disse.
Colaborou a Reportagem Local
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