DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
DO ENVIADO A PORTO ALEGRE

A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul quer a abertura de uma nova investigação sobre a compra da casa onde mora a governadora Yeda Crusius (PSDB) devido às suspeitas de que ela usou caixa dois da campanha eleitoral para adquirir o imóvel.
Como Yeda tem foro privilegiado, a investigação precisa ser autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça.
Na próxima semana, o procurador regional eleitoral Vitor Hugo Gomes da Cunha encaminhará pedido para que a Procuradoria Geral da República obtenha aval da corte superior para a Polícia Federal abrir um inquérito sobre a transação.
O imóvel foi adquirido em dezembro de 2006, 25 dias antes de Yeda ser empossada governadora, por R$ 750 mil, de acordo com a certidão. Segundo Cunha, há suspeitas de que o imóvel custou mais do que o valor declarado.
Reportagem da revista "Veja" afirma que R$ 400 mil usados para pagar parte do imóvel teriam origem em doações ilegais de empresas do setor de fumo para a campanha da tucana. O dinheiro teria sido entregue ao marido da governadora, Carlos Crusius, que negou ter recebido esse valor.
Em dezembro de 2008, o Ministério Público gaúcho concluiu que a transação foi legal. Em janeiro deste ano, o Tribunal de Contas do Estado arquivou denúncia feita pelo Ministério Público de Contas sobre indícios de enriquecimento ilícito da governadora.

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