São Paulo, sábado, 15 de maio de 2010

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Comparação com sul-africano foi "vacina"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A comparação entre Nelson Mandela e Dilma Rousseff foi uma "vacina" da equipe de campanha da petista contra eventuais ataques da oposição sobre sua participação na luta contra a ditadura militar.
Ao falar da biografia de Dilma no programa do PT, a equipe da pré-candidata buscou na comparação com o líder sul-africano uma forma de mostrar que um político pode ter no seu passado envolvimento com grupos da luta armada e se transformar num grande líder.
A ideia de usar a referência a Mandela foi retirada pelo marqueteiro João Santana de declarações anteriores de Lula, que chegou a fazer a comparação em entrevistas, como a concedida ao programa "Canal Livre", da Band, em abril.
Dilma integrou o grupo Var-Palmares, que se envolveu com a luta armada na ditadura. À Folha ela chegou a admitir que participou de treinamentos militares no Uruguai, mas nega ter atuado em ações armadas contra o regime militar.
Ontem, Dilma disse que faz sentido a comparação, mas ponderou que ela é desproporcional quando se toma o tempo de prisão de cada um. Mandela esteve preso por 27 anos, e Dilma, três anos e meio.
Citações sobre esse período da vida de Dilma circulam na internet. Daí a decisão de aplicar a "vacina" no programa do PT, citando esse período da biografia da pré-candidata. (VALDO CRUZ e SOFIA FERNANDES)


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