|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Comparação com sul-africano foi "vacina"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A comparação entre Nelson
Mandela e Dilma Rousseff foi
uma "vacina" da equipe de
campanha da petista contra
eventuais ataques da oposição
sobre sua participação na luta
contra a ditadura militar.
Ao falar da biografia de Dilma no programa do PT, a equipe da pré-candidata buscou na
comparação com o líder sul-africano uma forma de mostrar
que um político pode ter no seu
passado envolvimento com
grupos da luta armada e se
transformar num grande líder.
A ideia de usar a referência a
Mandela foi retirada pelo marqueteiro João Santana de declarações anteriores de Lula,
que chegou a fazer a comparação em entrevistas, como a
concedida ao programa "Canal
Livre", da Band, em abril.
Dilma integrou o grupo Var-Palmares, que se envolveu com
a luta armada na ditadura. À
Folha ela chegou a admitir que
participou de treinamentos militares no Uruguai, mas nega
ter atuado em ações armadas
contra o regime militar.
Ontem, Dilma disse que faz
sentido a comparação, mas
ponderou que ela é desproporcional quando se toma o tempo
de prisão de cada um. Mandela
esteve preso por 27 anos, e Dilma, três anos e meio.
Citações sobre esse período
da vida de Dilma circulam na
internet. Daí a decisão de aplicar a "vacina" no programa do
PT, citando esse período da
biografia da pré-candidata.
(VALDO CRUZ e SOFIA FERNANDES)
Texto Anterior: Personagens de programa foram procurados antes Próximo Texto: Análise: É velha a estratégia de pegar carona em imagem de pacifista Índice
|