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CPI DOS BINGOS
Oposição e governistas são contra legalização dos jogos
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Oposição e governistas
apresentaram ontem votos
em separado contrários à legalização das casas de bingo,
prevista no relatório final da
CPI dos Bingos, produzido
pelo senador Garibaldi Alves
Filho (PMDB-RN).
Tanto os votos quanto o
relatório serão apreciados
pela comissão no dia 20, o
que deverá encerrar os trabalhos da CPI. Governistas e
oposicionistas ainda articulam a formação de maioria
de votos para vencer.
Elaborado por Álvaro Dias
(PSDB-PR), o voto em separado oposicionista foi feito,
sobretudo, para incluir o
chefe-de-gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, e
o ex-chefe da Casa Civil José
Dirceu na lista de 83 pedidos
de indiciamento.
Mas, no voto, o tucano derruba os projetos de lei para
funcionamento dos bingos e
a permissão para que os governos estaduais criem loterias -pela legislação atual, só
a União pode fazer isso.
Do lado governista, o voto
em separado produzido por
Magno Malta (PL-ES) prevê
proposta para fechar as casas
que funcionam por meio de
medidas liminares.
Além disso, Malta preferiu
deixar de fora uma lista de
pedidos de indiciamento
-entre eles, Paulo Okamotto, presidente do Sebrae, e
Antonio Palocci, ex-ministro
da Fazenda.
O principal argumento é
que a CPI investigou assuntos fora do fato determinado.
"Não haverá pedidos de indiciamento, mas vamos encaminhar tudo para o Ministério Público", disse o senador
Tião Viana (PT-AC).
O governo começa a agir
para construir maioria e vencer a batalha na votação. Os
alvos são os senadores Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e
Augusto Botelho (PDT-RR),
cujos votos viraram incógnitas nas últimas semanas.
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