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outro lado
Pasta diz que "meta de atendimento está estabelecida"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Procurado por meio da assessoria de imprensa do Ministério de Minas e Energia,
o diretor do Departamento
de Políticas Sociais e Universalização do Acesso à Energia, Hélio Morito Shinoda,
não quis se manifestar.
A pasta, informada sobre o
teor da reportagem, limitou-se a dizer, por meio de nota,
que "a meta de atendimento"
do Luz para Todos está "estabelecida" em resolução aprovada no mês passado pela
Aneel (Agência Nacional de
Energia Elétrica).
A resolução aponta a meta
de cada um dos Estados para
o biênio 2009/2010, fase final do Luz para Todos
-510,1 mil em 2009 e 578,4
mil em 2010.
O ministério afirmou ainda que "fará a gestão com os
agentes executores para o
cumprimento das metas estabelecidas pela resolução".
A respeito do fato de pelo
menos 168 mil famílias terem ficado de fora da meta, a
pasta não se manifestou.
A Coelba (Companhia de
Eletricidade do Estado da
Bahia) informou que 90 mil
famílias não foram incluídas
na meta por conta do "elevado custo" das ligações, já que
esses domicílios estão em localidades "distantes das redes existentes".
Por conta disso, afirma a
companhia, esse tipo de trabalho requer mais tempo e
uma "capacidade operacional de que a concessionária
não dispõe".
A Coelba também mencionou o risco de, ao buscar essa
execução, ultrapassar o limite de até 8% que pode ser repassado às tarifas dos consumidores por conta dos custos
de operação e de manutenção da rede.
Sobre os 37 mil domicílios
fora da meta, a Cemig (Companhia Energética de Minas
Gerais) afirma que aguarda
uma possível terceira etapa
do Luz para Todos. Por ora,
porém, não existe nenhuma
sinalização sobre isso.
A Cemig afirma que, em
uma parceria com a Empresa
de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado, está
verificando em campo todos
os clientes sem energia elétrica já cadastrados.
Procurada pela Folha, a
Manaus Energia não se manifestou sobre a sobra de 41
mil famílias.
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