São Paulo, segunda-feira, 15 de julho de 2002 |
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PAINEL Lista de presença Em campanha à Presidência, José Serra (PSDB) esteve em apenas uma das 19 sessões das comissões permanentes do Senado às quais deveria ter comparecido neste ano. Com 5,3% de presença, ele é o senador menos assíduo nas comissões. Questão de prioridade Serra é titular das comissões de Infra-Estrutura e de Relações Exteriores. Pelo regimento interno, todos os senadores são obrigados a integrar comissões, que analisam projetos antes de irem ao plenário. O balanço das ausências é oficial e tem como base as atas das reuniões. Excesso de faltas O candidato a vice na chapa de Lula, José Alencar (PL-MG), também não deu atenção às comissões, comparecendo a 19,2% das sessões. Outros que faltaram a mais de 80% das reuniões foram José Sarney (PMDB-AP), Renan Calheiros (PMDB-AL), Edison Lobão (PFL-MA) e Antero Paes de Barros (PSDB-MT). Campo minado Aécio Neves (PSDB-MG) levará José Serra nesta semana para um comício em Contagem, principal reduto eleitoral de Newton Cardoso (PMDB), seu rival na disputa pelo governo de Minas Gerais e que promete apoiar Lula para presidente. Olho no grotão Coordenadores da campanha presidencial de Serra priorizam a conquista da máquina eleitoral de PFL, PMDB e PPB nos pequenos municípios do interior. Segundo tucanos, sem a estrutura de campanha desses três partidos conservadores é muito difícil levar a eleição. Rede de proteção A Assembléia do ES aprovou reajuste salarial de 30% para o Judiciário -15% agora e 15% no início de 2003. O Legislativo é presidido por José Carlos Gratz (PFL), que foi investigado pela CPI do Narcotráfico e responde a processos por suposta ligação com jogo do bicho e cassinos. Temporada de caça Ciro Gomes tem procurado frequentemente líderes tucanos descontentes com a campanha de Serra. Oficialmente, o candidato do PPS negocia apoio para eventual segundo turno contra Lula. Mas a real intenção é provocar uma debandada da canoa tucana rumo à sua candidatura. Viveiro aberto Além do grupo de Tasso Jereissati, já envolvido em sua campanha presidencial, Ciro mantém contato com Almir Gabriel (PA), Albano Franco (SE), Eduardo Azeredo (MG) e até com Alckmin (SP), seu conterrâneo de Pindamonhangaba. Traição à vista O crescimento de Ciro nas pesquisas realmente pode arrefecer o entusiasmo dos serristas do PFL. Um bom exemplo: Marcondes Gadelha (PB) apóia o PSDB na eleição presidencial. Mas já está balançando. Olho por olho Candidato ao Senado, Mão Santa (PMDB-PI), que teve seu mandato de governador cassado, declarou apoio a Lula. Desistiu de Serra depois que o PSDB decidiu apoiar Hugo Napoleão (PFL) na eleição estadual. Palanque trocado O governador Roberto Paulino (PMDB-PB) decidiu apoiar Lula na eleição presidencial. O senador Ney Suassuna, do mesmo grupo político, também ameaça seguir esse caminho. Chave do cofre Alckmin (PSDB) definiu seu comitê de arrecadação na campanha eleitoral: os ex-secretários de Covas Yoshiaki Nakano, Antonio Angarita e Belisário dos Santos Jr. e Orlando Batista. Caixa de problemas Emerson Palmieri, dirigente do PTB-PR, será convocado a depor na CPI que apura suposto caixa dois na campanha de Cassio Taniguchi em Curitiba. Palmieri é um dos coordenadores da campanha de Ciro no PR. TIROTEIO Do deputado federal Walter Pinheiro (PT-BA), sobre FHC ter dito que a corrupção hoje é "menorzinha": - FHC admite que a corrupção em seu governo foi muito grande. Só diminuiu um pouco porque quem pegou o dinheiro público agora só tem tempo para gastá-lo na campanha. CONTRAPONTO A voz das ruas
O presidenciável Ciro Gomes,
da Frente Trabalhista (PPS-PDT-PTB), participou na última
quinta-feira de uma passeata
pelas ruas do centro velho de
São Paulo. |
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