São Paulo, segunda-feira, 15 de julho de 2002

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Polícia Federal faz defesa de grampos

DA REPORTAGEM LOCAL

Delegados da Polícia Federal reúnem-se hoje em São Paulo para definir que medidas tomarão diante da ofensiva do Ministério Público Federal contra a instituição. A idéia é divulgar uma nota oficial sobre o assunto.
Procuradores abriram um procedimento para apurar se os policiais federais que trabalharam nas investigações sobre o assassinato do prefeito Celso Daniel cometeram crime de falsidade.
O alvo dos procuradores são os pedidos para fazer interceptações telefônicas enviados à Justiça pelos policiais: o ofício usa como argumento uma investigação relacionada a narcotráfico e não ao assassinato do prefeito.
Há um clima de revolta entre os delegados, que, chamados a depor, tiveram que revelar detalhes dos procedimentos tomados em caso de interceptações telefônicas. Mais do que isso, não aceitam a possibilidade de se transformar em alvo de um outro procedimento, também conduzido pelo Ministério Público Federal, no qual se coloca em questão se as atividades da PF estão violando direitos do cidadão.
No entendimento da PF, as escutas realizadas no caso de Santo André são justificáveis e, se não tivessem sido feitas, poderiam gerar argumentos para que policiais fossem acusados de prevaricação -não cumprir seu dever legal.


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