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SUCESSÃO
Dos cinco que concorrem ao governo, quatro estão com pedidos de impugnação de suas candidaturas no TRE
Em Alagoas, eleição vira disputa judicial
ARI CIPOLA
da Agência Folha, em Maceió
A sucessão do
governador de
Alagoas, Manoel Gomes de
Barros, (PTB)
transformou-se
em um batalha
judicial. Dos
cinco candidatos que concorrem
ao cargo, quatro estão com pedidos de impugnação de suas candidaturas registrados no TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
O governador, candidato à reeleição, foi denunciado por aliados
do ex-presidente Fernando Collor,
que lançou o primo e ex-deputado
Euclydes Mello ao governo.
Segundo a denúncia, Barros cometeu abuso de poder político ao
colocar sua mulher, Jane Lamenha
Gomes de Barros, e a candidata a
vice, deputada do PSDB Ceci Cunha, para distribuir cestas arrecadadas pela LBV (Legião da Boa
Vontade) para flagelados da seca.
"Como os bandidos que praticam crimes com fardas de policiais, os políticos usaram as camisetas da LBV para esconder a fraude eleitoral que praticaram", disse
o autor da denúncia, o promotor e
candidato a deputado estadual,
Luiz Barbosa Carnaúba (PPB).
"A primeira-dama estava apenas trabalhando. Não pediu votos
para ninguém", disse o secretário
de Comunicação do Estado, Flávio
Gomes de Barros.
"Inelegível"
O PV, que está na coligação que
apóia a candidatura do ex-prefeito
de Maceió Ronaldo Lessa (PSB), e
o ex-advogado do governador
Barros, Márcio Guedes, tentam
impugnar a candidatura do "collorido" Euclydes Mello.
Nos recursos, eles sustentam
que Euclydes Mello é inelegível
devido ao fato de ele não ter deixado a superintendência da Organização Arnon de Mello, que reúne
as nove empresas de comunicações da família, seis meses antes da
cargo, como determinaria a lei
complementar 64/90.
"Eles estão com medo do crescimento de minha candidatura. Só
deixei o cargo no dia 12 do mês
passado para poder me dedicar integralmente à campanha", afirmou Euclydes Mello.
A candidatura ao governo do
PSL, que tenta impugnar Lessa,
também poderá ser impugnada.
Recurso do PV sustenta que o candidato Adeilson Bezerra Teixeira
(PSL) não deixou o cargo de gerente da Companhia Brasileira de
Transportes Urbanos quatro meses antes do pleito, como prevê a
legislação.
Líder em todas as pesquisas e
com possibilidade de vencer no
primeiro turno, Lessa é o único
dos candidatos que já teve o pedido de inelegibilidade votado pelo
TRE. Venceu por quatro a dois,
mas o caso está no TSE (Tribunal
Superior Eleitoral).
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