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Prefeito baixa
decreto e proíbe
atos em cidade
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O prefeito de São Gabriel,
Rossano Dotto Gonçalves
(PDT), assinou decreto ontem proibindo qualquer tipo
de ato público na cidade, no
mesmo dia em que o STF
(Supremo Tribunal Federal), por oito votos a dois,
manteve decisão que nega a
desapropriação de 13,2 mil
hectares no município.
Teoricamente, o objetivo
do decreto, que entrou em
vigor ontem mesmo, é evitar
que ruralistas e trabalhadores mantenham um clima de
tensão na cidade, com manifestações às 10h de sábado.
A intenção da medida, porém, é suspender a manifestação organizada pela CUT
em favor da reforma agrária
e da desapropriação dos 13,2
mil hectares, determinada
pelo governo federal e suspensa pela Justiça.
A CUT espera 3.000 pessoas no ato, que, oficialmente, é desvinculado do MST.
O diretor da Federação dos
Metalúrgicos, Marcus de
Oliveira, que coordena a manifestação da CUT em São
Gabriel, afirmou que ela
ocorrerá de qualquer forma
e "o mais distante possível"
do ato dos ruralistas.
"O que esse prefeito está
fazendo é a reedição do AI-5
[ato institucional que, de
1968 a 1978, cassou direitos
políticos, durante o regime
militar -1964 a 1985]", afirmou o presidente do PT em
São Gabriel, Luís Pires.
(LG)
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