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Para UDR, decisão repara uma injustiça
DA AGÊNCIA FOLHA
Para o presidente nacional da
UDR (União Democrática Ruralista), Luiz Antônio Nabhan Garcia, "o Poder Judiciário conseguiu
reparar uma injustiça cometida
por um ato de conivência ou incompetência do Incra" (Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária), que havia emitido
laudo a favor da desapropriação
do complexo de fazendas em São
Gabriel. "Graças ao bom Deus,
existe Justiça neste país", disse.
Segundo Nabhan, "essa não foi
a primeira nem será a última injustiça ou falha de um laudo do
Incra". "Decisão judicial não se
discute, acata-se. Talvez essa atitude traga de volta a confiança do
produtor rural brasileiro."
Para Antônio Ernesto de Salvo,
presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil), "o tribunal julgou a legitimidade e a correção de uma vistoria". "As vistorias do Incra são
muito tendenciosas e nem sempre cumprem a lei."
Ruralistas gaúchos
Entre os ruralistas gaúchos, o
ambiente ontem era de euforia.
"É uma vitória para nós. Estávamos apreensivos com a situação.
A vistoria foi feita fora das normas, o que faz da decisão tomada
pelo STF uma medida, acima de
tudo, justa", declarou Antenor
Teixeira, da comissão fundiária
da Farsul (Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul).
"Estamos satisfeitos. Afinal, fez-se justiça", disse o prefeito de São
Gabriel, Rossano Dotto Gonçalves (PDT). Ruralista, ele estava na
concentração dos ruralistas no
município quando ficou sabendo
da decisão do STF.
Ele participaria ontem de uma
assembléia que discutiria os desdobramentos da decisão judicial.
(EDUARDO SCOLESE)
Colaborou a Agência Folha, em Porto
Alegre
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