DA REDAÇÃO

Marta Suplicy (PT) lidera a corrida eleitoral paulistana entre os disputados eleitores evangélicos -mais de dez pontos percentuais distante de José Serra (PSDB), o segundo colocado. A prefeita empata tecnicamente com o candidato tucano entre os católicos (29% contra 27%).
A intenção de voto por religião é um dado da pesquisa Datafolha/ Band e revela um cenário considerado estratégico pelas campanhas, que reservam espaço na agenda e horas de negociação para obter o apoio de religiosos, principalmente os evangélicos. Marta e Paulo Maluf (PP) foram os que mais se articularam para conquistar o segmento.
Na última segunda, Maluf comemorou o apoio da Assembléia de Deus (400 mil fiéis segundo o IBGE) à sua candidatura. Com a aliança, o ex-prefeito espera aumentar seu desempenho entre os evangélicos pentecostais, onde se inclui a igreja: 19% das intenções de voto, igual à sua média na cidade. Marta teve 33% no mesmo grupo, contra 30% na cidade.
A petista, que enfrenta resistência por apoiar a união civil entre homossexuais, fez um afago recente aos evangélicos: a prefeita isentou os templos da capital da cobrança de IPTU. Outra aproximação: apesar do apoio a Maluf, o líder do Ministério de Belém, pastor José Wellington, autoridade nacional da Assembléia de Deus, lançou a sua filha, Marta Costa, candidata a vereadora pelo PTB, partido aliado à prefeita.
Segundo o IBGE, são evangélicos 16% da população paulistana, contra 9% da média do país. Os católicos são maioria na cidade, com 68%. E os sem religião alcançam 9%. Nesse último grupo, Marta também lidera: tem 34%. Serra tem 16%, contra 25% no total da cidade.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos e ela está registrado sob o número 002100104-SPPE no TRE-SP. Foram feitas 1.708 entrevistas em 9 de agosto.


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