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ELEIÇÕES 2006 / ESTADOS
Contas não foram maquiadas, diz Aécio
Reportagem da Folha publicada anteontem mostrou que até gastos com praças foram incluídos como investimentos na saúde
Governador de Minas afirma que reportagem publicada anteontem é
"desprovida de conteúdo"
e "distante da realidade"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), afirmou ontem ser uma "discussão
acadêmica antiga" a questão da
emenda constitucional 29, que
trata de investimentos obrigatórios em saúde, e negou ter
ocorrido maquiagem nas contas estaduais de 2003 e 2004
nessa área, conforme reportagem da Folha publicada anteontem. Para Aécio, a reportagem é "desprovida de conteúdo" e "distante da realidade".
As críticas foram feitas em
entrevista coletiva ontem à imprensa mineira. Aécio foi questionado sobre a reportagem da
Folha, que abordou a questão
da maquiagem nas contas da
saúde e os números do "déficit
zero" anunciado pelo Estado
em 2004 -sendo que Minas
Gerais ainda acumula déficit
fiscal (R$ 2,9 bilhões, em 2005)
e possui dívida com a União (R$
39,7 bilhões, em 2005).
A reportagem mostrou que o
Estado contabilizou como investimentos em saúde despesas com saneamento e erradicação da febre aftosa e de outras doenças de animais, além
do pagamento de precatórios e
construção de praças.
Ações
"Eu me surpreendi com a
forma da matéria, que buscou
informações em duas fontes,
uma de um economista de nome Fabrício [Augusto de Oliveira], omitindo a citação de
que ele era membro, era secretário-adjunto da equipe anterior à nossa na área da Fazenda,
que inclusive decretou a moratória no Estado de Minas Gerais, e outra que é um jornal
chamado "Bafafá", que é distribuído aí num bairro do Rio, gratuitamente", afirmou Aécio.
A reportagem da Folha se baseou também em ação civil pública apresentada pelo Ministério Público Federal, que questiona os gastos em ações e serviços de saúde abaixo do que
determina a emenda constitucional número 29 (pelo menos
12% da receita de impostos do
Estado). Baseou-se também no
voto isolado, em 2004, do então
conselheiro Sylo Costa, do Tribunal de Contas do Estado.
Embora o órgão tenha aprovado as contas, Costa citou exemplos de gastos que não tinham
relação direta com a área da
saúde, como obras em saneamento básico e melhoramento
urbanístico.
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