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PARTIDO
Tendências do PT vão reabrir discussões sobre mensalão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao contrário do que deseja
o grupo ligado ao ex-ministro José Dirceu e ao presidente do PT, Ricardo Berzoini, o 3º Congresso do partido,
no final do mês, irá reabrir a
discussão sobre escândalos
como o do mensalão.
É o que fica claro a partir
da leitura das propostas divulgadas ontem pelas várias
tendências que compõem o
partido. Fala-se até em "ajuste de contas" interno.
O documento do grupo
"Mensagem ao Partido", liderado pelo ministro Tarso
Genro (Justiça), diz que a
crise que o PT viveu "ainda
não foi superada totalmente". "De forma desigual mas
crescente, o partido foi se
adaptando às formas tradicionais de fazer política no
Brasil", diz o texto.
Mais explícita ainda é a crítica da Articulação de Esquerda, uma das correntes
"radicais" do partido. "O PT
precisa fazer um severo ajuste de contas com as concepções políticas e com as práticas do grupo que teve em José Dirceu e Antonio Palocci
[ex-ministro da Fazenda]
duas de suas principais, mas
não únicas expressões", diz a
resolução. O grupo em questão é o que controla o PT e
que ficou conhecido como
Campo Majoritário.
Um pouco mais ameno no
tom, o Movimento PT, que
tem em seus quadros o presidente da Câmara, Arlindo
Chinaglia (SP), diz que "os
desvios éticos perpetrados
por alguns filiados e membros de nossas direções [...]
feriram princípios partidários basilares que compõem
a gênese do PT".
O Campo Majoritário pretendia focar no debate sobre
políticas do governo e as eleições de 2008 e 2010. Os textos precisarão ser votados
pelo congresso. Em tese, o
Campo Majoritário poderia
fazer valer a sua versão, mas
sua maioria é estreita: 51%.
(FÁBIO ZANINI)
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