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Organizações Globo são criticadas por deputado
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Roberto Jefferson usou parte de
seu discurso na tribuna do Congresso para fazer duros ataques ao
jornal "O Globo", a quem acusou
de ser "politicamente amoral". O
deputado ainda acusou as Organizações Globo de terem dívidas
previdenciárias e de terem sido
beneficiadas por empréstimos do
BNDES. Tanto a Globo como o
BNDES refutaram as acusações.
Jefferson acusou o governo de
ficar "à espera de elogios no Jornal Nacional" e disse que ""O Globo" vende a manchete de política,
do caderno econômico e tenta
nos calar aqui no Congresso".
As críticas ocorreram ao final da
introdução, quando ele concluía
os agradecimentos e citou seu avô
Ibrahim, já morto, imigrante do
Líbano. Disse que o avô, quando
lia o jornal, dizia: "Meu neto, atrás
de toda manchetona escandalosa
tem um interesse maior. O jornal
que vive de manchete escandalosa
quer acertar sempre com o governo. Quanto mais panfletarem a
manchete, maior o cheque que
vão sacar no banco oficial".
E na seqüência disparou: "Eu
me refiro ao "Globo". Na área econômica, cultural, de esportes, não
tenho nada a falar, mas politicamente é um jornal amoral, falido,
que se enfiou sempre nos cofres
públicos e nas contas do povo do
Brasil. O povo do Brasil paga as
contas do "Globo'".
Jefferson prosseguiu suas críticas afirmando que o jornal fluminense detém facilidades do governo para obter recursos do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e perdão de dívidas com o INSS. Usou
como contra-exemplo a prisão
dos donos da Schincariol.
"Vi lá o empresário da Schincariol ser preso por R$ 1,2 bilhão, algemado, a imprensa arrombar a
casa e [sic] botar uma bomba na
porta, mas só de INSS "O Globo"
deve mais de R$ 1,2 bilhão, está lá
na Superintendência da Polícia
Federal o processo por apropriação indébita. Por que a Polícia Federal não prende ninguém de lá?
Na Schincariol [sic] mete algema,
mas "O Globo", o rabo entre as
pernas. [...] R$ 2,8 bilhões já levou
do BNDES às custas do Brasil para não fechar. Mas que [sic] catou
US$ 2 bilhões, na época do governo Fernando Henrique, quando o
dólar era parelho, e hoje não pode
pagar." Em outro momento da fala, Jefferson repetiu ainda a afirmação que teria ouvido do deputado José Dirceu (PT-SP), então
ministro da Casa Civil, que "falava por cima" no jornal, sugerindo
interferência para barrar o noticiário contra governistas. Disse,
entretanto, que "hoje está vendo o
Zé ser escanteado pelo jornal porque não tem mais poder".
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