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outro lado
Presidente diz que não tem
como reduzir vencimentos
Simões fala que vai analisar nepotismo caso a caso
do TCM da capital paulista
DA REPORTAGEM LOCAL
"Se dependesse da nossa
vontade pessoal e de decisão
unilateral, não haveria qualquer servidor recebendo acima
do teto", diz Edson Simões,
presidente do Tribunal de Contas do Município de São Paulo.
"Quando assumi a presidência, esses altos salários já eram
recebidos por força de lei ou litígios judiciais com base em direitos adquiridos. Como gestor
público, sou obrigado a cumprir as decisões da Justiça", diz.
Segundo a área administrativa do TCM, o critério para publicar o quadro no "Diário Oficial" foi transparente: "A Lei
Orgânica do Município estabelece, em seu artigo 121, a publicação anual do valor da remuneração dos cargos, empregos e
funções, o número de servidores ativos e inativos e quadro-resumo da composição de servidores segundo as faixas de remuneração". "O TCM cumpriu
essa obrigação legal, nos termos exigidos, como vem fazendo desde 1990", informou.
Sobre as suspeitas de casos
de nepotismo, Simões afirmou
que a Súmula 13 do Supremo
Tribunal Federal foi publicada
numa sexta-feira (29/8). "Na
segunda-feira, determinei ao
secretário-geral que adotasse
imediatas providências no sentido de elaborar estudos, bem
como questionamentos destinados aos servidores, de modo
a aferir a aplicabilidade e o alcance da súmula."
Segundo o presidente do
TCM, "após a coleta de todos os
questionamentos, que serão recebidos na forma de declaração
firmada, em respeito à lei, a secretaria geral deverá decidir caso a caso". "A determinação deverá ser cumprida de forma integral", diz Simões.
A área técnica do TCM informou que o tribunal analisa
atualmente um orçamento municipal de R$ 25,3 bilhões. Em
2007, o orçamento analisado
foi de R$ 21,5 bilhões. Foram
realizadas mais de cinco mil fiscalizações, com exames de licitações, contratos e convênios
em mais de 260 unidades, envolvendo 31 subprefeituras, 33
secretarias municipais, nove
autarquias e seis empresas.
"Se essas mesmas fiscalizações fossem realizadas por empresas privadas de auditoria,
seguramente importariam
num custo que atingiria valores
estratosféricos", diz o TCM.
(FV)
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