DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Uma nova safra de campanhas publicitárias do governo vai tentar potencializar o momento de refluxo da crise do "mensalão". Duas operações estão no ar e outra será veiculada neste final de semana. O valor total dos comerciais supera R$ 10 milhões.
A principal campanha é a do programa Fome Zero, considerado o carro-chefe do governo para manter-se popular entre os eleitores de classes mais pobres. Produzida pela agência multinacional Ogilvy, a campanha sobre as realizações do Fome Zero deve entrar no ar amanhã. A idéia é mostrar casos de indivíduos atendidos por esse tipo de benefício federal.
Além da campanha do Fome Zero, outras duas estão no ar, uma delas é sobre infra-estrutura no país e outra a respeito do programa Pró-Jovem.
A publicidade sobre infra-estrutura tem três filmes para TV e spots para rádios. A veiculação começou no domingo. A idéia é mostrar dados a respeito de geração e distribuição de energia, estradas e investimentos em saneamento e habitação.
O valor da veiculação dos comerciais é de R$ 5,5 milhões e o custo de produção aproximadamente R$ 450 mil. A agência responsável é a Lew, Lara, licitada para trabalhar para a Secom (Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria Geral da Presidência da República).
A campanha do Pró-Jovem trata do programa para jovens de 18 a 24 anos que estudaram somente até a quarta série do ensino fundamental, sem vínculo formal de trabalho e que moram no Distrito Federal ou nas capitais.
Os anúncios estão no ar há cerca de dez dias. O valor da veiculação é de R$ 4 milhões e agência responsável é a Matisse, também contratada pela Secom. Oficialmente, a Secom pode gastar até R$ 150 milhões por ano com publicidade institucional da Presidência da República, de acordo com os termos da licitação que escolheu as agências contratadas. (FERNANDO RODRIGUES)


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