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Tasso defende movimentação tucana
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador do Ceará, Tasso
Jereissati, disse ontem, em resposta ao presidente Fernando Henrique Cardoso, que a movimentação dos pré-candidatos tucanos
ao Planalto deve prosseguir.
Presidenciável assumido, o governador declarou que concorda
que a definição do nome governista só deve ser feita no ano que
vem. Mas acha que é preciso haver a divulgação de quem são os
presidenciáveis tucanos desde já.
"Realmente, a escolha do candidato deve ser feita no ano que
vem, estou plenamente de acordo. O que há hoje é uma movimentação entre várias facções do
partido. Nada impede que ela
ocorra", declarou o governador,
que compareceu, em São Paulo,
ao casamento do filho do banqueiro Joseph Safra.
Na visão de Tasso, o PSDB está
largando atrasado na corrida presidencial, ao assistir de camarote
ao crescimento de Roseana Sarney (PFL). "Nossa movimentação
está um pouco tarde, mas acho
que ainda tem tempo. Não se faz
candidatura sem que se dê conhecimento nacional dos candidatos", declarou.
Para o governador, o programa
nacional de TV dos tucanos, que
vai ao ar hoje, é uma oportunidade que o partido perdeu. Por insistência de outro pré-candidato,
o ministro José Serra (Saúde), o
programa não apresenta de forma explícita seus presidenciáveis.
A manobra de Serra desagradou
ao cearense, que ontem voltou a
alfinetar seu rival interno.
"O nosso programa não tem
possibilidade de ser marco nenhum, da maneira como ele foi
diluído. Aí, sim, acho que é uma
oportunidade perdida, realmente." Sobre a candidatura do ministro, ele voltou a ser irônico: "O
Serra não quer ser candidato".
Tasso também reservou uma
farpa sutil a FHC, quando questionado se o recado dado ontem
pelo presidente era para ele.
"O presidente não precisa mandar recado, se ele quiser falar alguma coisa comigo, ele fala."
Também presente à cerimônia,
outro pré-candidato tucano, o
ministro da Educação, Paulo Renato Souza, disse que concordava
com as declarações do presidente.
"Só coloquei o meu nome à disposição do partido, combinado
com o presidente", afirmou.
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