São Paulo, quinta-feira, 15 de novembro de 2001

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Tasso defende movimentação tucana

DA REPORTAGEM LOCAL

O governador do Ceará, Tasso Jereissati, disse ontem, em resposta ao presidente Fernando Henrique Cardoso, que a movimentação dos pré-candidatos tucanos ao Planalto deve prosseguir.
Presidenciável assumido, o governador declarou que concorda que a definição do nome governista só deve ser feita no ano que vem. Mas acha que é preciso haver a divulgação de quem são os presidenciáveis tucanos desde já.
"Realmente, a escolha do candidato deve ser feita no ano que vem, estou plenamente de acordo. O que há hoje é uma movimentação entre várias facções do partido. Nada impede que ela ocorra", declarou o governador, que compareceu, em São Paulo, ao casamento do filho do banqueiro Joseph Safra.
Na visão de Tasso, o PSDB está largando atrasado na corrida presidencial, ao assistir de camarote ao crescimento de Roseana Sarney (PFL). "Nossa movimentação está um pouco tarde, mas acho que ainda tem tempo. Não se faz candidatura sem que se dê conhecimento nacional dos candidatos", declarou.
Para o governador, o programa nacional de TV dos tucanos, que vai ao ar hoje, é uma oportunidade que o partido perdeu. Por insistência de outro pré-candidato, o ministro José Serra (Saúde), o programa não apresenta de forma explícita seus presidenciáveis. A manobra de Serra desagradou ao cearense, que ontem voltou a alfinetar seu rival interno.
"O nosso programa não tem possibilidade de ser marco nenhum, da maneira como ele foi diluído. Aí, sim, acho que é uma oportunidade perdida, realmente." Sobre a candidatura do ministro, ele voltou a ser irônico: "O Serra não quer ser candidato".
Tasso também reservou uma farpa sutil a FHC, quando questionado se o recado dado ontem pelo presidente era para ele.
"O presidente não precisa mandar recado, se ele quiser falar alguma coisa comigo, ele fala."
Também presente à cerimônia, outro pré-candidato tucano, o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, disse que concordava com as declarações do presidente.
"Só coloquei o meu nome à disposição do partido, combinado com o presidente", afirmou.


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